terça-feira, 23 de maio de 2017


As Menininhas, os Pais e o Tabu do Incesto

 

                            Se não estou enganado no Modelo da Caverna (siga a trilha da coletânea A Expansão dos Sapiens) dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras, então aqueles constituíam 10 a 20 % de guerreiros que saíam para caçar proteínas durante dias, semanas, meses até, enquanto estas ficavam tomando conta do restante. Quando voltavam, como já vimos, iam servir a Mãe Dominante e o grupinho dela, depois as demais, conforme a ordem já posta.

                            Bem, sobravam os meninos, que as mães não deixavam tocar nunca, pois eram seus queridinhos, enquanto as meninas eram competidoras por esperma e então escorraçadas. As velhas eram enxotadas, já tinham passado da época de procriação e sofriam demais com isso – quando, raramente, chegavam a ir além da menopausa (poucas conseguiam, a vida era muito curta, em média ia até os 35 anos). Como os homens FORAM CRIADOS para serem depositantes de esperma TODO DIA várias vezes, quando as mulheres estavam grávidas do meio para frente, quando os pseudomachos estavam aborrecidos, os pais se viravam para as anãs e as menininhas, que as mães, por vários motivos, buscaram proteger: 1) porque primariamente eram competidoras; 2) porque perceberam logo cedo a teratogeração, a malformação dos fetos nos incestos; 3) viam nitidamente então, como hoje, que elas é que teriam de cuidar; 4) outros motivos. Não foi por preocupação com as menininhas, longe disso, as coisas eram bastante duras então. Porque, naqueles tempos primitivos e bárbaros, os homens faziam QUALQUER COISA para depositar esperma, consoante o mandamento natural. Só depois começaram a raciocinar.

                            Ainda agora venho de saber na Internet que para uma população de 290 milhões nos EUA, 145 milhões de cada lado, há 100 mil casos de incesto por ano, o que é assustador, com chances de engravidamento de 12 a 24 %, quer dizer, 12 a 24 mil potenciais meninas grávidas de pais e irmãos, não se falando das gravidezes das mães. Coisa horrível. Certamente deve-se estudar como uma defesa da Natureza, que não perde uma chance de sobreviver, mesmo com a possibilidade de geração de monstros. Tudo isso deve ser mais bem estudado, mirando-se a Caverna geral inicial, virando nossas mentes para os primórdios, aqueles 10 milhões de anos hominídeos.

                            Vitória, quarta-feira, 03 de março de 2004.

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