sábado, 20 de maio de 2017


Aquilo ou o Contrário Daquilo, Cuja Soma ou Resultante é Zero, ou Como A Priori e A Posteriori se Tornaram Amigas

 

A priori, refere-se ao conhecimento adquirido sem passar pela experiência. É alcançado mediante o raciocínio dedutivo. Considerado básico para alguns ramos da epistemologia, especialmente as teorias racionalistas. A existência de verdades a priori é invocada, constantemente, no campo da ética.[1]
A posteriori, refere-se ao que é conhecido através da experiência. É um conceito básico da epistemologia. Os defensores de que o conhecimento a posteriori é o único verdadeiro são conhecidos como empíricos. O empirismo nega a viabilidade de um conhecimento a priori sob a alegação de que este é inverificável e carente de valor.[2] Assim se encontram na Enciclopédia Encarta 1999.

Se não houvesse A Priori, como é que eu conseguiria sequer falar? Já mostrei que antes de qualquer indivíduo nascer os primatas colocaram das PESSOAS indivíduo e família, enquanto os hominídeos inventaram o grupo e a empresa, enquanto empreendimento; os sapiens criando os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) legais, jurídicos, psicológicos. Ora, não houvesse A Priori deveríamos inventar tudo desde o começo, desde a micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos e corpomentes). A Ética geral, no caso, é a média estatística da Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas, dentro do espectro definido a partir das oscilações probabilísticas do campo psicológico, isto é, é um acordo arbitrário de imposição de silêncio aos discordantes. Que vem da experiência, em parte.

                            Se A Posteriori não existisse, se tudo viesse do passado, das imposições que nos limitam, se TUDO, absolutamente tudo fosse dedução, não haveria de fato dedução alguma, pois o SER estaria privado de razão, vivendo em trilhas definidas desde sempre e para sempre. Ora, existir, estar no real é justamente 50/50 ou em soma zero mediar entre o possível e o não-possível, entre a liberdade e a necessidade, quer dizer, é transitar nos limites de construção. Sendo assim, tanto a experiência do A Posteriori quanto o conhecimento com que já nascemos (digamos, a humanidade de quem é humano; nem todos que são humanos têm humanidade, como sabemos), o A Priori, fazem parte do mesmo projeto de constituição. Tão simples e tão difícil de entender. Quando as pessoas se põe a argumentar, o argumentar é o que elas se põem como foco ou fogo consumidor, podendo ficar nisso para sempre, curando uma chaga e abrindo outra, porque o prazer não é mais a cura, mas a chaga.
                            Vitória, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004.


[1]"A priori", Enciclopédia® Microsoft® Encarta 99. © 1993-1998 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.
 
[2]"A posteriori", Enciclopédia® Microsoft® Encarta 99. © 1993-1998 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.
 

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