sábado, 27 de maio de 2017


Adão Distribui Presentes

 

                            Se Adão e Eva eram mesmo alienígenas como imaginei na coletânea Adão Sai de Casa e vieram para a Terra em 3,75 mil antes de Cristo, escorraçados e fugidos do planeta apelidado Paraíso na estrela Canopus, mais de 300 anos-luz do Sol, para ficar para sempre numa terra estranha, então a solidão deve tê-los dominado continuamente, além da perda irreparável da comunhão com Deus.

                            Dos filhos e filhas que tiveram nos 930 anos (800 anos juntos), mais todos os adâmicos descendentes, devem ter se sentido profundamente próximos, mesmo daqueles que se desviaram e dos humanos mestiços de atlantes com sapiens. Como imaginamos que a Cidade Celestial na Tróia Olímpica no Monte Adão lá em Uruk veio a ser simbolizada pela Árvore de Natal (veja A Montanha Iluminada e Reparando na Árvore de Natal, neste Livro 71), podemos pensar que ele distribuía presentes que suas máquinas divinas podiam fazer, mas apenas em ocasiões especiais, talvez datas de aniversário e numa equivalente à de Natal, que não sei qual terá sido. Como Uruk fica para cima terá sido no solstício de inverno no hemisfério norte, em torno de 21/12, que na Suméria, Mesopotâmia, região palustre, será a época das chuvas e dos alagamentos, embora os 31º Norte passem dos 23,5º que constituem o Trópico de Câncer, até onde idealmente o Sol chega e define o paralelo abaixo do qual está a região tropical, até seu espelho ao Sul. Por quê ele comemoraria nessa data? Não tenho a mínima idéia, nem quero ficar alegando nada que não seja lógico, dentro das características da postulação. SE ele fosse comemorar nessa data seria por uma razão lógica, crível, e não por este e aquele motivo de gosto vazio. Teria de haver qualquer justificativa. Porque parece certo que ele comemoraria a presença da família, pois estava num mundo verdadeiramente estranho, alienígena, ao qual eram totalmente estranhos, estrangeiros no pleno sentido da palavra, sem um parente por perto, dado que sua origem teria sido artificial, divina, diretamente de Deus e não da Natureza.

                            Seria um momento de completa identidade, depois das labutas do ano inteiro, de libação em família, de paz no meio da tormenta, isso que mal-e-mal os humanos comemoram hoje em dia. Portanto, o começo das comemorações estaria muito mais recuado do que se pensa.

                            Vitória, sábado, 13 de março de 2004.

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