TV Fantástica
Creio que será
considerada idéia independente tomar do Fantástico,
programa da Rede Globo de Televisão que está no ar há 30 anos, creio, o nome para
criar essa TV do extraordinário, que nem sempre é o aparatoso, pelo contrário,
mostrar o impressionante depende por vezes de minerar por longos anos. Seria
preciso pesquisar no mundo inteiro para comprar os programas mais interessantes
iniciais até que se possa fazer os documentários próprios, primando por aquilo
que impressione e desloque o sentido humano na direção-e-sentido do chocante.
A humanidade cai na
mesmice e é preciso renovar os interesses, pois há sete níveis deles (ou de
desinteresses): negócios do povo, empenhos das lideranças, vontades dos
profissionais, visões dos pesquisadores, comprometimentos dos estadistas,
ambições dos santos/sábios e obrigações dos iluminados.
Já que há a TV (e a
restante mídia: Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet) podemos usá-la para
projetar a curiosidade humana muito mais longe. Acho até que, no sentido de não
se tornar repetitiva, essa TV deveria emitir por apenas quatro horas, a partir
das 18 horas até as 22, de modo a nunca cansar, destinando certos dias (dois de
sete) às repetições. Depois poderá financiar no Conhecimento (Magia/Arte,
Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) todo e
nas bandeiras e chaves do modelo, com todas as PESSOAS (indivíduos, famílias,
grupos e empresas) e em todos os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações
e mundo) uma imensidade de assuntos formidáveis.
Naturalmente, tornar
um assunto interessante e até superinteressante depende não apenas da
ignorância do outro lado como da sabedoria de quem apresenta. Mas quem esteja
num nível muito baixo não perceberá: se há grande distância entre os degraus,
entre emissor e receptores, o maravilhoso também não é percebido, de modo que
devemos temperar, sempre com grande circunspeção. Até apresentar o fantástico
exige prodigiosa preparação.
Vitória,
segunda-feira, 22 de dezembro de 2003.
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