quarta-feira, 5 de abril de 2017


Retrato da Mulher

 

                            Engraçado que nem homem nem mulher tenham feito um levantamento das condições de vida e trabalho do conjunto das mulheres, através de exemplos generalizantes. Não há nada que exponha o trabalho das donas de casa (que para mim sempre foi atividade nobilíssima, eu via minha mãe), de empregadas domésticas, de funcionárias da Economia (agropecuária/extrativismo, indústria,s comércio, serviços e bancos) e trabalhadoras do Conhecimento (da Magia/Arte, da Teologia/Religião, da Filosofia/Ideologia, da Ciência/Técnica e da Matemática), em tudo mais em que estão operando – sem ser de uma forma piegas e autovalorizadora, PORQUÊ, lembrem-se, há o outro lado da moeda, o lado masculino, que também é sofrido; não abusem, sejam contidos e pausados.

                            Queremos conhecer a Psicologia (espaçotempo ou geo-história, organização ou sociologia, produção ou economia, objetivos ou psico-sínteses, figuras ou psicanálises)  das mulheres, especificamente, como se relacionam com a Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, Vida no centro, Vida-racional no centro do centro), o casamento, o prazer (nem sempre sexual), o par polar oposto/complementar confiança/desconfiança, a intimidade, a criação dos filhos, a educação (primeiro, segundo, universidade, mestrado, doutorado, pós-doutorado), as (até agora listadas) 22 tecnartes. Como percebem o mundo? Como sentem externa (sistemas dos sentidos) e internamente (interpretação)?

                            E o que é tipicamente feminino, como regras e parto? E costurar e tricotar? E a administração ou gerência das novas liberdades? E a chegada a elas, contadas pelas que não tinham? As primeiras emoções de ter, como foram descritas?

                            Na realidade nós homens não temos metade das emoções possíveis, aquelas que viriam desse lado tão admirado por nós, afinal de contas. Ninguém se lembrou de retratar largamente assim as mulheres. É o que peço.

                            Vitória, segunda-feira, 17 de novembro de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário