domingo, 23 de abril de 2017


Perfumes Dialógicos

 

                            Como já adiantamos em Perfume de Mulher, neste Livro 57, devemos PENSAR os perfumes em vez de apenas senti-los, ou seja, ir a busca do conceito ou centro, em lugar de passar inconsciente ou emocionalmente por eles. Queremos a consciência, a manifestação exterior, de modo que possamos melhor conduzir os elementos ou estudos.

                            Como você sabe, os perfumes estão ligados a todos os pares polares opostos/complementares, digamos guerra e paz – eles servem à guerra, tanto quanto servem à paz, 50/50, soma zero. Os militares se interessarão em pensar assim.

A DIALÓGICA DOS PERFUMES (o diálogo-de-mundo com o Modelo das Cavernas dos homens caçadores e das mulheres coletoras nos diz que há dois tipos gerais)

·        Perfumes lógicos;

·        perfumes dialéticos.

Os perfumes dialéticos seriam os relativos, voltados para as relações, digamos as de homens e mulheres. Homens caçando dificilmente vão desejar chamar a atenção das feras, das bocas grandes e dentuças que poderiam comê-los – de modo que homens dificilmente se sentirão confortáveis em usar perfumes longe de casa. Por outro lado ao voltar para casa faria sentido.

AS RELAÇÕES (relações exteriores, sempre do conjunto para fora)

·        RELAÇÕES PESSOAIS

1.       Interindividuais;

2.      Interfamiliares;

3.      Intergrupais;

4.     Interempresariais.

·        RELAÇÕES AMBIENTAIS

1.       Intermunicipais/interurbanas;

2.      Interestaduais;

3.      Internacionais;

4.     Intermundiais.

Podem ser também de famílias com indivíduos, etc. Quem gostaria de numa empresa receber representantes de compradores num ambiente fedido? E, como já vimos, tudo que existe agoraqui vem de uma base hominídea de 10 milhões de anos, MUITO mais importante que os raciocínios sapiens, que tem 100, 50 ou 35 mil anos, especialmente os PENSAMENTOS ESCRITOS, que tem 5,5 mil anos. Assim, os municípios/cidades ainda são expansões das cavernas antigas onde nossos antepassados hominídeos viveram.

Se os perfumes-de-diálogo são os dialéticos, relacionais, que devem aproximar ou afastar (essa pode ser uma opção, sim) as pessoas ou os ambientes, esse atrair ou afastar pode ser graduado pela ECONOMIA (agropecuária/extrativismo, indústria, comércio, serviços e bancos) DO PERFUME, que é muito mais vasta do que se tem pensado.

Por oposição, os perfumes lógicos seriam aqueles que não são voltados a relações; marido e mulher, que não estão interessados em cativar parceiros, não usariam os atrativos ou repulsivos, dinâmicos, mas os estáticos, das relações já estabelecidas. Se o ambiente da empresa não é visitado por ninguém de fora deve ter um perfume estável, não-dinâmico, que não induza movimentos, porque os operários devem ficar fazendo suas tarefas sem se distrair. Aqui caberiam perfumes tranqüilos, sossegados, pacíficos, que não desviem as pessoas.

Evidentemente, eu sei, o mundo nunca tinha sido pensado assim, porque a coisa despontou há pouco tempo. Veja só a grandeza desse novo cenário oferecido! Quem poderia pensar o perfume como OPERADOR DE DIÁLOGO? Veja só, o Perfume geral pode ajudar a operar a fala, pode contribuir para as conversações. Veja só o redimensionamento psicológico (das figuras ou psicanálises, dos objetivos ou psico-sínteses, das produções ou economias, das organizações ou sociologias, dos espaçotempos ou geo-histórias) profundo que essa visão provoca em nós. Não é fascinante?

Vitória, quinta-feira, 25 de dezembro de 2003.

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