sexta-feira, 7 de abril de 2017


Odessa e o Atlas de Toque

 

                            Onde fica Odessa?

                            Vi outrora um filme, Dossiê de Odessa (1974, com Jon Voigt), quando a cidade portuária do Mar Negro, a trinta quilômetros da foz do Rio Dniester, ficava na antiga URSS (desaparecida em 1991, substituída parcialmente pela CEI, Comunidade dos Estados Independentes), agora a separada Ucrânia. Surgiu como colônia grega com o nome de Odessos, depois desaparecida como tal nos séculos III e IV. É antiga, portanto. O país tem 603,7 mil km2 (13,2 vezes os 45,6 mil km2 do Espírito Santo) e população de 51,2 milhões de habitantes (mais ou menos 16 vezes a do ES de 2003) em 1997, pela Barsa digital. As cidades da Ucrânia são relativamente grandes e Odessa tinha naquela data 1.046,0 mil, mais de um milhão, quase a população da Grande Vitória, que é de 1,3 milhão.

                            Para saber mais coisas devemos procurar em inúmeras enciclopédias, gastando um tempo precioso.

                            Faltam as coisas do modelo, em particular do Atlas de Toque, o AT, conforme sugerido em vários textos.

                            Por exemplo, como podemos pesquisar teórica & desenvolver praticamente daqui de longe? Odessa, Ucrânia, fica a 46º 28’ N (46,47) e 30º 44’ L (30,73), enquanto Vitória, ES, Brasil, está a 20º 28’ S (20,47) e 40º 18’ O (40,30), de lados opostos na horizontal do meridiano zero e de lados opostos do equador na vertical, de modo que na vertical norte-sul a distância é de (46,47 + 20,47 =) 66,94 graus e na horizontal leste-oeste é de (30,73 + 40,30 =) 71,03 graus. Supondo 67 e 71, contando o grau como sendo de 111 km, teremos catetos de 7,4 mil e 7,9 mil km, resultando numa hipotenusa de 10,8 mil km, pouco mais de um quarto da circunferência da Terra. É longe. Não podemos tocar Odessa constantemente, a menos que seja em virtual. Realmente não dá, a menos que os de lá ou os que tenham estado lá nos digam. Devemos tocar Odessa virtualmente.

                            Isso quer dizer abrir as figuras ou psicanálises, os objetivos ou psico-sínteses, as produções ou economias (agropecuárias/extrativismos, indústrias, comércios, serviços e bancos), as organizações ou sociologias, os espaços ou geografias, os tempos ou histórias de Odessa virtualmente, de longe. Devemos poder observar as cártulas ou cartuchos psicológicos de Odessa em EXTRAÇÕES postas em oito níveis, cada vez menos densos e menos precisos conforme saiamos da maior proximidade, que será de quarto do indivíduo, residência da família, quadra do grupo, bairro da empresa, cidade ou município, estado pelas relações com outros, nação e até mundo todo, a Terra inteira em volta de Odessa, com suas pressões globalizantes.

                            O Atlas da Microsoft é muito bom, é o melhor que há, por enquanto, mas não é o mais preciso e determinante que pode haver. Está longe de ser minimamente parecido com o futuro AT, extraordinariamente mais potente.

                            Deveríamos poder fazer essas extrações, colocando como que planos cada vez mais distantes, mais recuados, vendo as relações se estabelecerem: como exportar (dando os importadores de outros países, inclusive do Brasil, e do ES; os rituais a cumprir; a compra de moedas; todo gênero de atividade). Como estabelecer quaisquer ligações entre Vitória e Odessa? Como podemos potencializar? Como os dois lugares podem se ajudar mutuamente?

                            Para você ver como os Atlas atuais são atrasados basta pensar que tomando um deles nada podemos extrair, fora posições dos dois lugares. Os Atlas atuais não multiplicam nada.

                            Vitória, domingo, 23 de novembro de 2003.

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