sexta-feira, 7 de abril de 2017


Inimizade das Mulheres

 

                            Veja o conjunto das mulheres dentro do Modelo das Cavernas, cada uma querendo SUA POSTERIDADE beneficiada, isto é, cada uma pretendendo EXCLUSIVAMENTE seu futuro, para entender que havia (e há) uma disputa surdomuda por aptidão. Elas agem em grupo quando se trata de sobrevivência da espécie, mas isoladamente quando se trata de ir ao futuro, se as chances coletivas diminuírem, se houver retração das oportunidades gerais (por exemplo, num colapso socioeconômico, numa recessão). A Rede Cognata (veja no Livro 2 o artigo Rede e Grade Signalíticas) diz que mulheres = NÓS e homens = SÓS, daí advindo que as mulheres agem conjuntamente e cada homem está separado.

                            Entrementes, quando analisamos pela lógica, percebemos que cada mulher cuidará somente de si e suas crias, preferencialmente, e cada homem constituirá com os outros “sozinhos” um grupo, tal como diz a dialética. As mulheres, de fato, sob condição de perigo, abandonarão o grupo e fugirão, primeiro com as crias e depois, sob mais extrema condição de perigo, sozinhas. Elas tendem a abandonar os casamentos que estão ameaçados por fome ou penúria ou intimidação masculina, mas só em risco de morte (muitas mulheres suportam pancadas, desde que a procriação e a sustentação das crias esteja garantida). No caso delas mesmas e seus úteros e futuros estarem ameaçados de danos elas abandonarão absolutamente tudo, conservando-se a si mesmas. Isso não é um julgamento de valor, é exigência inequívoca da Natureza, é a lógica mais rasteira. Elas não pensam, quando nessas situações, e até agem contra a razão: os hormônios cravarão suas garras profundamente e as desviarão do racional para os mais baixos sentimentos mamíferos e reptilianos, como diria Koestler.

                            Sob ataque as mulheres agirão isoladamente, cada uma por si e o medo por todas elas. Se forem ameaçadas de não-procriar elas se tornarão inimigas umas das outras, todas e cada uma, traçando pavorosa tramurdidura ou tecido de intrigas e maledicência, atacando-se mutuamente com uma fúria raramente vista nos homens. Não temos que ver em nossas fêmeas gente perversa, pelo contrário, sob condições normais elas são muito resistentes e carinhosas. É que sob ameaça de morte e desaparecimento faz todo sentido fugir e preservar os úteros, a condição de procriação, a fábrica de bebês.

                            Mas, evidentemente, essa psicologia ou alma ou racionalidade feminina deve ser reobservada com muitíssima atenção.

                            Vitória, domingo, 23 de novembro de 2003.

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