Inimizade das
Mulheres
Veja o conjunto das
mulheres dentro do Modelo das Cavernas, cada uma querendo SUA POSTERIDADE
beneficiada, isto é, cada uma pretendendo EXCLUSIVAMENTE seu futuro, para
entender que havia (e há) uma disputa surdomuda por aptidão. Elas agem em grupo
quando se trata de sobrevivência da espécie, mas isoladamente quando se trata
de ir ao futuro, se as chances coletivas diminuírem, se houver retração das oportunidades
gerais (por exemplo, num colapso socioeconômico, numa recessão). A Rede Cognata
(veja no Livro 2 o artigo Rede e Grade
Signalíticas) diz que mulheres = NÓS e homens = SÓS, daí advindo que as
mulheres agem conjuntamente e cada homem está separado.
Entrementes, quando
analisamos pela lógica, percebemos que cada mulher cuidará somente de si e suas
crias, preferencialmente, e cada homem constituirá com os outros “sozinhos” um
grupo, tal como diz a dialética. As mulheres, de fato, sob condição de perigo,
abandonarão o grupo e fugirão, primeiro com as crias e depois, sob mais extrema
condição de perigo, sozinhas. Elas tendem a abandonar os casamentos que estão
ameaçados por fome ou penúria ou intimidação masculina, mas só em risco de
morte (muitas mulheres suportam pancadas, desde que a procriação e a
sustentação das crias esteja garantida). No caso delas mesmas e seus úteros e
futuros estarem ameaçados de danos elas abandonarão absolutamente tudo,
conservando-se a si mesmas. Isso não é um julgamento de valor, é exigência
inequívoca da Natureza, é a lógica mais rasteira. Elas não pensam, quando
nessas situações, e até agem contra a razão: os hormônios cravarão suas garras
profundamente e as desviarão do racional para os mais baixos sentimentos
mamíferos e reptilianos, como diria Koestler.
Sob ataque as
mulheres agirão isoladamente, cada uma por si e o medo por todas elas. Se forem
ameaçadas de não-procriar elas se tornarão inimigas umas das outras, todas e
cada uma, traçando pavorosa tramurdidura ou tecido de intrigas e maledicência,
atacando-se mutuamente com uma fúria raramente vista nos homens. Não temos que
ver em nossas fêmeas gente perversa, pelo contrário, sob condições normais elas
são muito resistentes e carinhosas. É que sob ameaça de morte e desaparecimento
faz todo sentido fugir e preservar os úteros, a condição de procriação, a
fábrica de bebês.
Mas, evidentemente,
essa psicologia ou alma ou racionalidade feminina deve ser reobservada com
muitíssima atenção.
Vitória, domingo, 23
de novembro de 2003.
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