sexta-feira, 21 de abril de 2017


Fractais Não São Reais

 

                            Fractais são os produtos visuais de equações plotadas em certas condições e foram descobertas por Benoit Mendelbrot (polonês, 1924 -) na década dos 1960, fazendo parte da Teoria do Caos, colocada em geometria.

                            No modelo temos o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica) e a Matemática, pois esta não cresce, é sempre a mesma, só é des-coberta. Divide-se em dois ramos, Geometria e Álgebra, aquela dos espaços e esta dos tempos ou equações, fundindo-se em Geo-Algébrica ou GA. A Geometria é, portanto, a seção das inequações, das equações não-lineares, onde as soluções não são pontuais, não existe o IGUAL (=). A Teoria do Caos foi colocada, penso agora que erradamente, no lado da Geometria, onde seria uma inequação, o que não é. A Geometria é do lado do real, do existente, do palpável, embora toda a Matemática seja imponderável, irreal, virtual, sendo conceito. A TC é uma teoria da igualdade, fazendo-se com iterações sobre números complexos.

                            Benoit diz: “Nuvens não são esferas, montanhas não são cones, continentes não são círculos, um latido não é contínuo e nem o raio viaja em linha reta”, donde alguns já passaram a afirmar que as costas da Inglaterra (o exemplo foi esse) seriam um fractal, porque quando aproximamos o olhar podemos ir aumentando o número que a representa, conforme desçamos aos centímetros, milésimos de milímetros, etc., mas isso vai cessar nalgum ponto, porque existe a chamada Propriedade Métrica do Universo calculada por Hawking em 10-35 m – número pequeno, mas existente. Contudo, o fractal é desdobrável até o infinito. As costas inglesas são reais, terminam em algum ponto, ao passo que os fractais não são reais, não terminam nunca, são desdobráveis infinitamente. Desse modo, os fractais são apenas conceitos, não são reais manipuláveis.

                            São virtuais, não são reais.

                            O que é real, então, a ponto de vermos?

                            O que vemos é UMA INTERFACE, uma apresentação qualquer, até milhares de um mesmo fractal. Vemos sua REPRESENTAÇÃO REAL no plano, pintada de um qualquer conjunto escolhido de cores; nunca conseguiríamos vê-lo em sua totalidade. São não-finitos, ao contrário dos objetos reais que manipulamos. É conveniente fazer um livro com esse título.
                            Vitória, segunda-feira, 29 de dezembro de 2003.

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