sexta-feira, 7 de abril de 2017


Engarrafamento Celeste

 

                            Desde quando Santos Dumont (Alberto, Minas Gerais, 1873 a 1932) inventou o avião e houve o primeiro vôo público em 1906 (a completar 100 anos em 2006) os aviões tornaram-se numerosíssimos em quantidade e em qualidade. Já dez anos depois, na Primeira Guerra Mundial, eles viraram enxame nos céus.

                            Creio que os 100 anos pode ser divididos em duas partes, os primeiros 50 ocupando a metade introdutória, descrevendo a animação do processo de conquista dos ares, e a segunda, tomada em décadas, investigando a maturidade da disseminação geral e completa, atingindo todos os países, mostrando as principais indústrias, a comercialização, a aplicação na Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos), os laboratórios, as pesquisas teóricas & os desenvolvimentos práticos, as patentes, os ganhos, o porte financeiro envolvido, os países da retaguarda (inclusive o Brasil), a eletrônica embarcada, os aviões de luxo, o luxo da primeira classe nos aviões de carreira, os aviões governamentais.

                            Cada parte pode ser subdividida em quantidade e em qualidade. Aí entram os tipos (de hélice, uma ou mais e a jato; de grandes e baixas altitudes; de paz e de guerra; comerciais e privados; de transporte de cargas e de passageiros), o custo por cadeira, a ocupação delas, as aeromoças, a tripulação em geral, os pilotos e seus salários, o treinamento, os jogos de computador baseados neles, a participação deles em filmes – há milhões de coisas curiosas a serem mostradas.

                            Como são as torres de controle e onde estão situadas; como operam; quem são os operadores, de onde vem, as escolas que freqüentam; o que fazem os radares; que computadores os administram; como as nações se associam para produzir os aviões. O interesse por eles é tão grande que seguramente poderá ser feito um Avião 1.0, evoluindo nos moldes da Microsoft, de três em três anos renovando.

                            Pode ser mostrado como o número deles vem crescendo assustadoramente, coalhando os céus, engarrafando mesmo o espaço, até preocupando.

                            Vitória, sábado, 22 de novembro de 2003.

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