Engarrafamento
Celeste
Desde quando Santos
Dumont (Alberto, Minas Gerais, 1873 a 1932) inventou o avião e houve o primeiro
vôo público em 1906 (a completar 100 anos em 2006) os aviões tornaram-se
numerosíssimos em quantidade e em qualidade. Já dez anos depois, na Primeira
Guerra Mundial, eles viraram enxame nos céus.
Creio que os 100
anos pode ser divididos em duas partes, os primeiros 50 ocupando a metade
introdutória, descrevendo a animação do processo de conquista dos ares, e a
segunda, tomada em décadas, investigando a maturidade da disseminação geral e
completa, atingindo todos os países, mostrando as principais indústrias, a
comercialização, a aplicação na Economia (agropecuária/extrativismo,
indústrias, comércio, serviços e bancos), os laboratórios, as pesquisas
teóricas & os desenvolvimentos práticos, as patentes, os ganhos, o porte
financeiro envolvido, os países da retaguarda (inclusive o Brasil), a
eletrônica embarcada, os aviões de luxo, o luxo da primeira classe nos aviões
de carreira, os aviões governamentais.
Cada parte pode ser
subdividida em quantidade e em qualidade. Aí entram os tipos (de hélice, uma ou
mais e a jato; de grandes e baixas altitudes; de paz e de guerra; comerciais e
privados; de transporte de cargas e de passageiros), o custo por cadeira, a
ocupação delas, as aeromoças, a tripulação em geral, os pilotos e seus
salários, o treinamento, os jogos de computador baseados neles, a participação
deles em filmes – há milhões de coisas curiosas a serem mostradas.
Como são as torres
de controle e onde estão situadas; como operam; quem são os operadores, de onde
vem, as escolas que freqüentam; o que fazem os radares; que computadores os
administram; como as nações se associam para produzir os aviões. O interesse
por eles é tão grande que seguramente poderá ser feito um Avião 1.0, evoluindo nos
moldes da Microsoft, de três em três anos renovando.
Pode ser mostrado
como o número deles vem crescendo assustadoramente, coalhando os céus,
engarrafando mesmo o espaço, até preocupando.
Vitória, sábado, 22
de novembro de 2003.
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