Sulamérica
O Altamiro Pires
Borges discorda veementemente da minha posição de identificar positivamente a
América do Sul, que indica partição em relação às duas outras Américas (do
Norte: Canadá, Estados Unidos e México; Central: Caribe e istmo até o Panamá),
como Sulamérica, uma palavra só em vez de três (SULAMÉRICA, em contraste com
América do Sul), porque isso deixaria de fora Cuba, cuja presença estaria
garantida na grafia América Latina ou Latino América (mas a grafia Latinamérica
é preferível às outras porque tem uma palavra só em vez de duas).
Em termos de
identidade seria melhor.
Para o povo falar
seria melhor, depois de algum treinamento.
Não indicaria
divisão e sim unidade de propósitos ao falarmos num ímpeto só: Sulamérica e
sulamericanos, o que seria em termos de propaganda ideológica muito bom.
Identificaria o produto que queremos vender. Se já era difícil enfrentar cada
país do mundo isoladamente, tanto os do primeiro quanto os do segundo mundo,
mais ainda o será enfrentar os blocos. Mesmo se a união não se dá em firmes
bases protocolares políticas, de nacionais para supranacionais, mesmo se o
Mercosul capenga, mesmo com a vinda da ALCA (ou principalmente por causa
disso), seria muito útil assim proceder e passarmos a falar uma língua só.
Já existe um banco
com esse nome que, sendo estrangeiro, saiu na frente e indicou. Já existe uma
companhia de seguros, que tem tal nome há muito tempo, sessenta anos ou mais.
Que não tenhamos visto nos faz pensar que nos detemos realmente muito pouco na
questão da verdadeira autonomia e independência.
Vitória, sábado, 26
de julho de 2003.
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