Processobjetos
Covalentes
Gaudí, como
conversamos nosso amigo PACOS e eu, ao colocar pesos nos barbantes, com a
gravidade puxando para baixo, e ao inverter a situação para achar os pontos de
equilíbrio para as tensões postas por suas torres, viu um novo modo de
construir.
Na questão da
gravinércia vi que a soma zero desse par polar oposto/complementar
GRAVIDADE/INÉRCIA, G/I = 1, G – I = 0 leva a que o balde seja inercialmente ao
ser rodado o oposto gravitacional da esfera que gira em torno de seu eixo, na oposição/complementação
das pseudo-forças, a centrífuga sendo igual à centrípeta. No livro de Yopanan
C. P. Rebello, A Concepção Estrutural e
a Arquitetura, São Paulo, Zigurate, 2000, que Pedro me gentilmente me
ofertou, podemos ver que uma árvore, seja na posição direta, seja na posição
inversa (raízes para cima) É O PROJETO COVALENTE DAS TENSÕES ambientais, ou
seja, para além daquilo que alguém disse de os esqueletos serem esculturas (no
caso, bioesculturas), podemos dizer que as psiquês ou almas são psicoesculturas
(PE das figuras ou psicanálises, PE dos objetivos ou psico-sínteses, PE das
produções ou economias, PE das organizações ou sociologias, PE dos espaçotempos
ou geo-histórias). As PSICOESCULTURAS ECONÔMICAS (PEE
agropecuárias/extrativistas, PEE industriais, PEE comerciais, PEE de serviços e
PEE bancárias) SÃO COVALÊNCIAS DAS PESSOAMBIENTES (das PESSOAS: dos indivíduos,
das famílias, dos grupos, das empresas; dos AMBIENTES: dos municípios/cidades,
dos estados, das nações, dos mundos) e levam
em conta nas matrizes-soluções todas as tensões dos milhares, milhões, bilhões
de conjuntos, mesmo se não enquadrados racionalmente nas formulações humanas –
a Natureza o faz, automaticamente. Soluções fracas ou insensíveis e soluções
fortes ou sensíveis das condições postas são aquelas que produzem pequenos ou
grandes rendimentos para as materenergias aplicadas. Árvores são SISTEMAS DE
EQUILÍBRIO, que os arquiengenheiros devem olhar, como parece dizer o Yopanan
(que nem conheço, ainda). São estoques-zero DE TENSÕES, quer dizer, solucionam
as tensões em zero, até para resistências postas aos ventos. Elas INVENTARAM
durante a evolução, em termos naturais, as LINHAS DE DESCONSTRUÇÃO DAS TENSÕES,
e a mesma coisa que os engenheiros fazem estaticamente com os prédios e as
construções artificiais as árvores fazem há milênios naturalmente ESTAMPANDO
GENÉTICAMENTE, isto é, nós podemos nitidamente perceber que nos seus genomas
estão as ordens de ANULAÇÃO DE TENSÕES que remetem às condições DINÂMICAS
ambientais. Não são objetos estáticos, são objetos inseridos numa dinâmica,
numa movimentação contínua, que deve sempre zerar, ou seja, resistir ao EMBATE
AMBIENTAL, como os prédios o fazem com o alfa da segurança, o alfa do zero de
resistência psicológica, co-relativo da insegurança do projetista, o coeficiente
de segurança (seria interessante estimar os alfas das árvores).
Devemos passar
agoraqui ao conceito mais amplo de COVALÊNCIA DOS PROCESSOS E DOS OBJETOS: 1)
covalência dos objetos ou das formas ou das superfícies ou das coisas naturais
ou artificiais ou sintéticas; 2) covalência dos processos ou programas ou
estruturas ou conceitos. Por exemplo, o covalente da esfera que gira em torno
do seu eixo é o balde, daquilo que denominei MODELO DO BALDE, ao passo que o
covalente da esfera parada seria uma ESFERA INFINITA (digamos assim,
abusivamente) cujo centro estivesse em toda parte, ou seja, com infinitos
centros, em lugar de um só, de forma que podemos pensar que o inverso de
infinito é o um e não o vazio.
Pela avaliação das
covalências podemos substituir os elementos uns pelos outros, como os puxões ou
trações pelas compressões, e vice-versa, o que leva a toda uma nova tecnarte de
construção de pontes e outros objetos de transposição.
Vitória,
terça-feira, 29 de julho de 2003.
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