Perseguição a Jesus
No canal pago HBO
passaram em vários dias de setembro/2003 dois supostos filmes-documentários, Vídeo de Jesus, partes um e dois, direção
de Sebastian Niemann, com Matthias Koeberlin e outros, em que a estória gira em
torno de uma imaginária câmara de três anos no futuro que é encontrada no
presente, mostrando a filmagem feita por um viajante do tempo na época de
Jesus, sugerindo que ele estava mesmo na caverna, mas morto definitivamente,
sem ressuscitar dos mortos e sem ascender aos céus. Ou seja, lá se vai a
ressurreição, dogma central da Igreja, a divindade de Cristo, a Ascensão, a
volta para julgamentos dos mortos, etc., tudo numa pazada de cal.
E houve aquele outro
filme com Antônio Banderas, O Corpo,
que também é blasfemo, insulto ao sagrado, além de que vários duvidaram da
existência de Jesus (mas não de Maomé, que é de 600 anos depois, nem de Confúcio
ou Buda, de 600 anos antes, ou de Moisés, de 1.200 anos antes; só de Jesus, de
Lao Tse, de Pitágoras, os que de fato incomodaram), como, digamos, Garbe (veja
artigo do Livro 40, Garbe Inexistente)
e outros.
Jesus deve ter sido
um cada bacana, porque mesmo dois mil anos depois há alguns irritados (e não
são poucos) com ele e o que disse. Mesmo dois mil anos após sua morte sua mensagem
revolucionária continua incomodando os poderosos, apesar de tudo de ruim que
fizeram em seu nome. Quantos podem esperar que sua mensagem continue revirando
o mundo de ponta-cabeça passados dois milênios? E Pitágoras e Lao Tse, que são
de 600 anos antes de Cristo – também com eles há gente irritada até hoje. Que
fenômeno, hem? Dá vontade da gente aprofundar a leitura desses e de outros
camaradinhas.
E tanto mais
interessante que há gente que se levanta para defendê-los, passados dois
milênios. Quanto se levantarão para defender Banderas ou Matthias daqui a 30
anos?
Vitória, domingo, 05
de outubro de 2003.
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