Os Mais Produtivos
Do Modelo da Caverna
deduzimos muita coisa, inclusive o artigo Duas
Medicinas, neste Livro, q.v., no qual concluímos de passagem que temos (o
homulher, o par fundamental com dois corpos) dois corpos e duas mentes, e que
essas duas mentes têm trajetórias distintas, a da menina a mulher sendo linear
e a do menino a homem sendo salto não-linear.
Das fases ou idades
humanas, quais as mais produtivas?
A menos produtiva de
toda seria a velhice. Mas têm-se como certo que a mais produtiva seria a idade
adulta. Completo engano. Em primeiro lugar a infância é a chegada a uma estação
estranha, da qual deve-se aprender a língua dos nativos, com todas as
particularidades ou nuances, a Psicologia (figuras ou psicanálises – formas de
vestir, de falar, como fazer amizades, o que está por fora ou por dentro, etc.
-, objetivos ou psico-sínteses aceitáveis, as produções ou economias
assimiláveis – o que é permitido ambicionar ou não dentro de casa perante pai,
mãe, irmãos e parentes -, as organizações ou sociologias ou o modo de
comportamento coletivo, os espaçotempos ou geo-histórias), um bilhão de
informações a acomodar NOS ESCANINHOS OFICIAIS ou oficiosos. Na minha forma de
ver a infância é mais produtiva que a idade adulta.
Por outro lado, como
ficou demonstrado, as meninas, as adolescentes devem dar um SALTO INTERNO,
produzir uma revolução inominável, pois que deixam de ser produtos para serem
produtoras, com toda a responsabilidade que isso significa. É um fenômeno que quase
nunca se estude essa dimensão. Como é que se larga o antigo modo de ser para
pegar um novo?
Agora, com os
meninos dá-se algo mais forte ainda, porque além do salto revolucionário, para
cima e para diante, há uma mudança ainda mais notável, pois deixam de ser
filhos—da-mãe (isso é um xingamento) e deslocam-se para a língua contígua, onde
deixam de ser meninas para serem homens, que é outra instituição terrível, os
matadores, os guerreiros da tribo. São os garotos as criaturas humanas mais
interessantes e disse bem da nossa capacidade de distorcer o foco tivesse essa
compreensão não se manifestado racionalmente ou, onde aconteceu
sentimentalmente, fosse obscurecida. No caso das firmas ou empresas desejarem
prosseguir rapidamente, deveriam contratá-los, juntando gente ao seu redor para
aproveitar todos os produtos possíveis, para sugar deles todas as potências
mentais.
Eu faria esta lista,
visando a maior taxa revolucionária de aproveitamento ou de extração de
produtos e processos:
1.
Os adolescentes;
2.
As adolescentes;
3. As crianças (quanto mais recuado
melhor):
4. Adultos sob pressão;
5. Adultos autocomplacentes;
6. Maduros renovadores;
7. Maduros ortodoxos;
8. Velhos e velhas.
Não obstante, as agências (oficiais ou
não, governamentais ou não, instituídas ou não) procuram contratar primeiros os
adultos. Tratam os adolescentes como palhaços, quando não simples
aborrecimento, alguém a quem tolerar até que se canse e vá embora.
Vitória, quinta-feira, 21 de agosto de
2003.
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