O Verdadeiro Super-Homem

 

                            Como sabemos Nietzsche (Friedrich, filósofo alemão, 1844 a 1900) falava do surgimento do além-do-homem, o super-homem (do qual o personagem das revistas em quadrinhos foi tirado), e de fato ele não vai surgir, já existia na época dele e até muito antes. Vou explicar.

                            Tomemos as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundos) que compõe as pessoambientes: tudo além do indivíduo é além-do-humano na mesopirâmide.

                            Olhemos o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) pelo lado da pontescada tecnocientífica e em particular da pontescada científica (Física/química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6). Evidentemente o mundo humano é ainda Psicológico/p.3, não Informacional/p.4, pois ainda não raiou a inteligência artificial real, nem muito menos o controle artificial, embora já exista a memória artificial – daí não existirem os novos-seres hiperracionais. Isso não há, mesmo.

                            Entrementes, quando olhamos à nossa volta, vemos milhões de coisas que não fomos nós que construímos. Aliás, o que construímos é bem pouco, quase nada, e tudo baseado em uma evolução que dura centenas de milhares de anos, especialmente a dos últimos dez mil anos, nos quais aconteceu a maior parte da acumulação; e ao conhecimento dos 500 anos mais recentes devemos 90 % ou mais de tudo. Quase tudo que fazemos é baseado no saber alheio e usa as máquinas, ferramentas, utensílios, aparelhos, objetos construídos por outros. O que poderia o ser humano isolado fazer?

                            Não somos mais indivíduos, como venho falando: somos MUNDO, e isso vai uma enormidade além de cada indivíduo. Nem se compara.

                            Vitória, domingo, 20 de julho de 2003.