terça-feira, 7 de março de 2017


O Consórcio de π

 

                            Agora que estou determinado a avançar na decifração de PI é preciso arregimentar as forças e poderes governempresariais, institucionais ou não, para organizada e metodicamente cumprir os trânsitos todos necessários, que se sabem seriam inicialmente estes:

a)     Verter da base 10 para a base 4;

b)    Separar os tripletos, os grupos de três números quaternários (formando letras, números e sinais até o máximo de 64);

c)     Usar a Rede Cognata (veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas);

d)     Ler com o auxílio do dicionárienciclopédico atual;

e)     Formar as páginas e ler objetos e relações.

Bom, em Contato, livro de Carl Sagan (astrônomo americano 1934 a 1996) que virou horrível e repelente filme com Jodie Foster, eles descobrem logo a chave que abre pi, porque lá tudo vem em binários que vão dar as formas dos objetos e as seqüências dos processos, e formam os processobjetos, digamos programáquinas (programas-máquinas, computadores e programas que neles rodam) diretamente visíveis, com os quais construir máquina teleportadora.

Aqui não é ficção, é sério mesmo, de modo que há certa dificuldade de ler nos tripletos as palavras de nossas línguas. Uma sugestão de Gabriel foi começar dos objetos e processos de nossas vidas cotidianas, transformando-os em conjuntos de números e então procurando ver na lista transfinita de casas decimais de Pi algo que se assemelhe, para achar uma base lingüística comum, embora eu creia que PI = PALAVRA = SOM (na RC) já seja a língua universal. Suponhamos uma garrafa de plástico, GP, que seja transformada em listas de tripletos pela P/M transdutora e nos dê uma seqüência numérica que possa ser rastreada nos bilhões de casas decimais já trnasliterados de PI. Como a lista de PI é transfinita, poderíamos encontrá-la lá pela casa 1017, muito além do que fomos capazes de obter agora (1010). Podem acontecer também de começarem a aparecer, logo de início, em 3,3141592... o Plano da Criação para a explosão inicial, o Big Bang ou várias receitas relativas a criação de grandes armas ou o que for.

Numa Enciclopédia como a Britannica a listagem vem em ordem alfabética (ABC...Z) NO INGLÊS e vamos encontrar objetos e processos terrestres com esse tipo de organização. Quando um objeto aparece já o conhecemos mais ou menos e nem é preciso descrever os desenhos de suas partes componentes explodidas. Nossa longa vivência na língua nos garante que umas palavras conhecidas nos adiantem o sentido ou seqüência do processo ou a forma ou superfície do objeto. Nada disso acontecerá com os objetos e processos alienígenas, vindos diretamente da mente de Deus, a chamada “coisa em estado puro”, em estágio final de evolução. E cada uma das palavras usadas para descrever será também desconhecida, a menos que tenha consonâncias com as nossas.

Portanto, eis algumas providências adicionais do Consórcio Universal de Transliteração de Pi (e dos demais transcendentais):

·        Estudar os dicionárienciclopédicos terrestres COMO SE FOSSEM ALINEÍGENAS, com miradas exteriores;

·        Ver o percentual do que é presumido como sabido por todos, mas pode ser grandemente ignorado;

·        Isso será patrimônio de toda a humanidade ou apenas de uma fração mínima, que patenteará tanto os produtos quantos os processos (ali estarão bilhões de equipamentos, instrumentos, máquinas, aparelhos, etc.);

·        Quantas páginas são necessárias para descrever um objeto ou processo, na base de 70 toques (colunas) por 30 linhas numa pagina, ou 2,1 mil pixels ou batidas, na base de seis toques por palavras dando 350 palavras por página? Quantas dessas páginas precisaríamos para descrever totalmente uma mesa de jantar?

Agora, pense no que aconteceria se a EB fosse dada a um povo primitivo, dizendo-se-lhe que ali estava comprimida grande parte do conhecimento humano – os primitivos seguiram com suas pesquisas prévias ou iriam buscar toda e qualquer resposta na EB? Se, no pensar proporcional, PI nos oferecer TODAS as respostas nós continuaremos com nossas pesquisas, sabendo de antemão que podemos obter respostas melhoras lá do que com nossas buscas? Isso não mataria a cultura humana?

                            Isso me conteve por quase dez anos.

                            A resposta que obtive conversando com Gabriel é a transcendentalidade de pi, sua trans-finitude, que sempre colocará interesses novos para nós, por mais que transcorram bilhões de anos, assim como em Contato as civilizações estavam juntas adicionando matéria num buraco negro há 600 bilhões de anos, sem qualquer fim à vista para o projeto. Por mais páginas que abramos mais haverá para abrir e a pesquisa deixará o nível mais simples e primitivo de agoraqui para chegar a outro muito superior, sem qualquer comparação. E os objetos, que já seriam muitos per si, quando postos em relação proporcionariam processos de número indescritivelmente avantajado.

                            É justo que, se houver um dicionárienciclopédico universal completo, nós sejamos impedidos de absorver o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral ali contido, devendo a duras penas re-descobrir a Roda? É uma tremenda perda de tempo.        

                            Como, ao contrário do que eu pensava antes a própria infinitude gerará impulso de pesquisas & desenvolvimentos e não prostração dos buscadores vamos em frente com coragem e determinação.

                            Vitória, quarta-feira, 20 de agosto de 2003.

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