terça-feira, 7 de março de 2017


Inventores da Humanidade

 

                            Tinha chegado à conclusão de que a coletivização é que deu origem à humanidade e não as mãos (que os macacos já tinham) nem o cérebro maior (que os neanderthais já possuíam, até maior). Provavelmente foi uma comunidade muito maior e crescente que fez aparecer a linguagem e esta proporcionou a acumulação, foi o acumulador derradeiro que proporcionou a civilização.

                            Tomando o chamado Modelo da Caverna de caçadores-coletores, as mulheres coletoras em volta da caverna e os homens caçadores longe, o que é que proporcionou essa junção?

                            Como defini que existem duas almas, duas línguas, dois modos de olhar, duas economias, duas organizações, tudo em duplas, existem também dois modos de humanizar, o MODO DAS MULHERES e o MODO DOS HOMENS. O das mulheres diz respeito ao ensinamento a meninas e meninos sob sua guarda, com repetição diária até pelo menos os sete anos (meninas para sempre, daí a agregação muito maior, o muito maior entrosamento delas) aos meninos, quando se desgarravam para começar o treinamento de homens. Martelando em ferro frio dia e noite com esse sentido de comunidade e proximidade as mulheres inventaram esse gênero de humanidade que poderíamos chamar de NINHO.

                            Já os homens inventaram a segunda metade no calor da luta, malhando em ferro quente, protegendo os companheiros em perigo, formando grupos inseparáveis, agregando sob batalha, sob grandes doses de adrenalina. Criaram o gênero que chamaremos de FAMÍLIA.

                            De modo que homens vão ser fracos em ligações quando há paz e fortes em momentos e perigo e tensão. Mulheres, ao contrário e complementarmente, serão mais dotadas na paz e na calma do dia-a-dia e fugirão sob condições de intranqüilidade. Unidos, os dois modos produziram defesa tanto na guerra quanto na paz.

                            No filme da Disney Lilo & Stitch a irmã da Lilo fala do conceito havaiano de O’hana, família-ninho, diríamos: “ninguém será esquecido e ninguém será deixado para trás”, que parece composto de uma porção FEMININA (ninguém será esquecido) e uma MASCULINA (ninguém será deixado para trás).

                            Faria o maior sentido investigar melhor isso tanto na antropologia das sociedades primitivas ainda existentes, quanto na arqueologia, pelos restos de objetos, e na paleontologia humana, desde a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y, há 200 mil anos.

                            Vitória, quarta-feira, 06 de agosto de 2003.

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