Idéias Inaceitáveis
No livro de John
Simmons, Os 100 Maiores Cientistas da História,
Rio de Janeiro, DIFEL, 2002, p. 59, ele diz: “Ao partir desse conhecimento,
Freud desenvolveu, no final da década de 1880, a noção fundamental de que o
comportamento neurótico relaciona-se a uma defesa psicológica contra idéias inaceitáveis”,
negrito e colorido meus.
Vejamos que Freud
falava de Id (inconsciente, um sub-eu), Ego (consciente, eu), e Superego
(superconsciente, supereu).
O modelo veio
colocar as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES
(municípios/cidades, estados, nações e mundo). Tomemos então a FAMÍLIA para ver
que existe um ID FAMILIAR, um EGO FAMILIAR e um SUPEREGO FAMILIAR, e que a
família sonha também, como sonham as coletividades maiores e menores, e também
constrói defesas psicológicas contra as idéias inaceitáveis.
Mas, quais são as
idéias inaceitáveis, em cada caso?
A Academia
(universidades, institutos, faculdades, centros de pesquisas) nunca fez essas
perguntas. Quais são as idéias inaceitáveis no patamar do estado? Quais são as
perguntas que juizes do Judiciário, governantes do Executivo e políticos do
Legislativo não podem suportar? Só de inquirir isso já podemos ver centenas de
jornalistas cavando.
O que seria doloroso
a ponto de ser insuportável para as empresas mostrar de público? Que coisas
elas remetem para os subterrâneos de seus inconscientes respectivos? Em quais
escuridões vão ocultar o impensável para elas? Como é o processo de ocultação? Que
mecanismos constroem que lhes permite realizar esse disfarce, dissimulação,
encobrimento? Quem se encarrega disso? No indivíduo são os instrumentos
mentais, mas nas empresas são indivíduos disso incumbidos. Pode ser que haja
muito mais entre o Céu e a Terra do que supõe nossa filosofia vã, mas em todo
caso há também muito mais escondido nos poços clandestinos de nossos vários
inconscientes do que aceitávamos antes.
Quais são as
neuroses dos conjuntos, em cada nível?
Vitória,
quarta-feira, 06 de agosto de 2003.
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