Fora do Alcance
A seguir há uma
lista em inglês (não sei traduzir tudo, nem vou usar o dicionário eletrônico,
mas alguém pode fazer isso). Grande parte das coisas, até onde posso
compreender, está fora do nosso terceiro-alcance, digamos assim, de terceiro
mundo (na realidade, desde o Livro 45, cinco mundos). Viver em
PRIMEIRO-ALCANCE, no primeiro mundo, ou em segundo-alcance, é fácil,
relativamente a viver e aspirar em mundos atrasados, de elites atrasadas que
atrasam o povo.
Assim, olhando desde
agoraqui, pouco podemos fazer com o pouco que nos é dado possuir, especialmente
sendo pobre ou miserável, (50 + 30) % = 80 %, com 20 % da renda, razão de 16/1,
como no Brasil. Sendo cooptadas elites, ricos e médios-altos, (5 + 15) % = 20 %
com 80 % da renda, é diferente, está-se quase ao mesmo nível dos de lá. Fogo é
tentar ver e agir desde a pobreza que, por exemplo, optei por partilhar até
certo tempo atrás.
Como operar em
condições africanas gerais ou latinamericanas?
Quando você vive na
Califórnia ou no Texas, estados mais ricos da nação mais rica, você tem
primeiros-objetos e primeiros-processos, primeiras-máquinas e
primeiros-programas, primeiros programáquinas e primeiros processobjetos – é
fácil fazer, não se está além das dificuldades lógicas, ao passo que em relação
a eles estamos corpomentalmente subnutridos, subumanizados. É fácil dizer:
“aqueles lá (nós) não fazem grandes coisas”. Se as elites daqui são
incompetentes não existem desculpas para elas, mas o povo deve ser justificado.
Fazer no terceiro-mundo, com terceiros programáquinas e terceiros
processobjetos, é difícil, mormente se neles você ainda está em terceira ou
quarta posição, quer dizer, na situação incômoda de terceiro-do-terceiro (1/9)
ou quarto-do-terceiro (1/12), ou, pior ainda, terceiro-do-quarto (1/12) ou
quarto-do-quarto (1/16). Não é fácil, pode acreditar, pois além de vencer as primeiras
e segundas descrenças temos de vencer como povo as descrenças das elites locais.
É um peso!
Vitória,
quarta-feira, 15 de outubro de 2003.
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