domingo, 26 de março de 2017


Fazendo Festa

 

                            Com todo avanço que a Internet significou no mundo depois de 1989 e no Brasil após 1995 ainda é tudo muito primitivo. Não há um sítio onde possamos calcular quanto custaria uma festa de aniversário para P pessoas, R recursos, D distância, A alimentos, B bebidas, T tempo, E espaço (PRDABTE), etc.

                            Se quero saber, por acaso me lembro que minha tia conhece o Luís, que tem um bufê; ligo para ela, que fala em R$ 32 (US$ 11, por aí) por cabeça. O que para 50 pessoas (de três aniversariantes de datas próximas) daria R$ 1.600, que não é pouco, para nossas posses. Até um quilômetro de nós quantos bufês existem? Quanto cobram, que serviços prestam, quantas cervejas se pode consumir, elas são cobradas à parte, a carne vem embutida no preço, como é? Nada sabemos e isso num mundo que é, em relação ao passado, pavorosamente complexo.

                            Eu deveria poder inserir esses elementos num quadro de quesitos e obter a resposta em baixo, como nas compras de livros, em “carrinhos” (imitando figurativamente os de supermercados). Se os governempresas fizessem mais do que perseguir o passado voltar-se-iam para as demandas das gentes por futuro, isto é, por sobrevivência, porque ninguém vive no passado.

                            Observe que são 6,3 bilhões de indivíduos, quase 1,6 bilhão de famílias, não se sabe quantos grupos, centenas de milhões de empresas, estimados dois ou três milhões de bairros nas cidades e distritos no campo, uns quatro mil estados, mais de 200 nações e um mundo que cresce em complexidade dia-a-dia e não temos acesso a coisas que favorecem as diversões. Quando se trata de trabalhar existem mil órgãos governamentais e escritórios empresariais dando orientação, mas quando se fala em lazer a questão é outra.

                            Isso é aborrecido à bessa.

                            Vitória, terça-feira, 21 de outubro de 2003.

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