Evolução Conceitual
Como ficou dito no
Livro 37, há duas evoluções, a formal e a estrutural ou conceitual, e isso em
todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática), por toda a pontescada tecnocientífica, em
particular por toda a pontescada científica (evoluções formestruturais
Física/Química, Biológica/p.2, Psicológica/p.3, Informacional/p.4,
Cosmológica/p.5 e Dialógica/p.6).
Há a evolução
(avanço), a revolução (salto) e a re-evolução (re-avanço), três etapas que
correspondem ao desenho do degrau e da reevolução geral. Há avanço formal,
salto formal e reavanço formal. Há avanço estrutural, salto estrutural e
reavanço estrutural. E há o processo de ADEQUAÇÃO formestrutural, da forma à
estrutura, e vice-versa, da estrutura à forma. Por exemplo, o relógio evoluiu
tanto formal quanto estruturalmente, isto é, conceitualmente, através da
percepção das leis que formalizam ou dão forma ou imagem a ele em multíplices
modos ou modelos.
A EVOLUÇÃO
CONCEITUAL é o que une Karl Popper
(austríaco, 1902, ainda vivo, 101 anos), com seus conceitos de testabilidade
(condição de teste de campo, contra ou a favor do real, contra ou a favor da
teoria) e refutabilidade (a precaução dos que não são tolos), e Thomas Kahn, com os paradigmas =
PROGRAMAS = SOLUÇÕES = PROBLEMAS, etc., na Rede Cognata (veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas). Há um CICLO
DE NOMINALIDADE, chamemos assim, em que se atribui nomes – os conceitos,
conectos às compreensões parciais de cada época – à realidade, segundo um ciclo
que alteamento e rebaixamento, uma ciclóide que pode ser vista como uma
senóide, congelando-se no alto, ponto de PROGRAMA (ou direcionamento
sectário das ofertas de pesquisa & desenvolvimento teórico & prático
pela DIREÇÃO GERAL DE PROGRAMAÇÃO, conexa com as diretivas ou diretrizes
dominantes, da burguesia – e dentro dela da burguesia dominante -, na presente
data). Esses congelamentos ou cristalizações no alto são os paradigmas de Kahn,
que vem justamente dos supertestes a que foi submetida a teoria e a prática.
Vem, claro, da refutabilidade anterior conduzir a um funil, ao COMPROMISSO
COLETIVO DE AFUNILAMENTO, que está ligado ao fechamento proporcionado por
Tanatos, o instinto de morte, contrário ao instinto de vida Eros, amoroso da
abertura ou liberdade. Assim, Kahn é o futuro e o passado de Popper, e
vice-versa, pois ambos são partes do ciclo. O SALTO PROGRAMÁTICO precisa de uma
revolução, que pode ser a científica, mas é em geral REVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO
(revoluções magicartísticas, revoluções teológicas-religiosas, revoluções
filosóficas-ideológicas, revoluções científicas-técnicas e revoluções
matemáticas que, estas, são revoluções de negação da negação, isto é, negação
do não-ver). Em particular das revoluções da pontescada tecnocientífica e mais
especialmente das revoluções da pontescada científica (revoluções
físicas/químicas, revoluções biológicas/p.2, revoluções psicológicas/p.3,
revoluções informacionais/p.4, revoluções cosmológicas/p.5 e revoluções
dialéticas/p.6).
As revoluções
científicas foram tratadas por Kahn. As demais, evidentemente, não, não só não
por ele como não por qualquer um, nenhuns geo-históriadores da Magia/Arte, da
Teologia/Religião, da Filosofia/ideologia e da Matemática, sequer perfeitamente
da Ciência/Técnica, mormente da Técnica. Nem, seria o impensável, as condições
popperianas, porque Popper as põe exclusivamente para a Ciência, quando
deveriam ser válidas para todo o Conhecimento.
Então, como se dá
essa EVOLUÇÃO DAS LEIS? Como se dá a compreensão humana da reevolução geral das
leis ou estruturas ou conceitos ou concepções? Como se dá a luta pela
sobrevivência dos conceitos? Quais são os conceitos mais aptos que sobreviveram
(nós o sabemos, são os que estão congelados nos programas dominantes de ofertas
de verbas ou expressões sancionadas) à custa de quais artifícios e
artificialidades, de quais traições e conchavos, de quais políticas ou
ideologias, para servir a quais interesses? Essas perguntas não foram feitas e
renderiam muitas teses de mestrado e doutorado.
Vê como estamos
atrasados?
Vitória,
sexta-feira, 01 de agosto de 2003.
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