Escola de Urbanização
No modelo a
urbanização, ato permanente de urbanizar, é uma das (até agora identificadas
22) tecnartes, técnicas/artes, portanto compondo-se tanto de tecnociências
quanto de magicartes. É um Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) da T/A de criar as urbes ou
cidades.
Dessa escola
deveriam participar as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os
AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) por seus representantes,
em grupos próprios, quer dizer, o Grupo Empresarial de Estudo das Cidades.
As pessoambientes agem como se odiassem (e as cidades grandes, particularmente,
são odiadas mesmo) seus locais de moradia. Não há outro planeta para ir, não há
mais fronteiras, não dá para fugir – é preciso aprender a gostar daquilo que
temos e dos lugares onde estamos: de logradouros (ruas, avenidas, praças), de
quadras, de bairros e distritos, das cidades, dos municípios fazendo, disso,
profissão de fé. Não vejo ninguém criando Grupos de Amor às Cidades, embora
existam grupos de Amigos do Bairro (apenas porque querem chauvinisticamente sobrepor
o seu ao dos outros). As empresas só são convencidas a ajudar PORQUE podem
abater o dinheiro aplicado do imposto de renda, isto é usar o que é pago pelo
povo para fazer propaganda de si. Aí “adotam” uma praça, um jardim, uma rua, o
que for. Claro, com o dos outros é fácil. Espontaneamente é que são elas. Onde
viverão as empresas? Também não há outros lugares para as famílias senão os
bairros onde moram.
Qual a razão de não
existir uma Pedagogia da Urbanidade? Por quê não somos capazes de amar nossas
cidades e temos com elas essa relação de ódio, muito mais que de amor? Agimos
como se estivéssemos em trânsito, apenas de passagem, e não assentados definitivamente
enquanto espécie nesses lugares. Que gente doida!
Vitória, domingo, 12
de outubro de 2003.
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