Departamento de
Festas
Como já disse, nunca
ouvi falar de qualquer ambiente (município/cidade, estado, nação ou mundo) em que
os políticos do Legislativo, os governantes do Executivo e os juizes do
Judiciário, ou os empresários, tivessem criados departamentos de LAZER (que é
para os pobres e miseráveis; o ócio é o lazer dos ricos e médios-altos – aí já
seria abuso).
E muito menos ouvi
falar de um departamento de festas.
Me pergunto sempre
porque, tendo tanto a favor, o mundo é tão triste, macambúzio, para usar essa
terrível palavra (que significa triste, taciturno, mal-humorado, tristonho). O
volume do sistema solar é imenso e nele só a Terra é uma jóia azul em que o
Cristal da Criação, o ser humano racional como PESSOA (indivíduos, famílias,
grupos e empresas), pode se expressar, após o acaso muito improvável ter
montado a Vida geral e depois de 3,8 bilhões de anos de peripécias vir dar na
humanidade viável de até agoraqui.
É das coisas mais
surpreendentes para mim.
NENHUM governempresa
foi capaz, em qualquer das cerca de 220 nações, em qualquer pontistante da geo-história
ou espaçotempo, de colocar SEQUER UM departamento de festas, da alegria, da
diversão, do prazer. É só trabalho, trabalho, trabalho. Não há nada que
valorize o ser humano. No máximo fazem umas praças por obrigação, “para mostrar
serviço”, para “empatar algum”, como diz o povo, para não chamar atenção demais
para a roubalheira dos “caixinhas”.
Não há um movimento
interessado ou, seria esperar demais, interessadíssimo na felicidade, nenhum
Departamento da Felicidade (até soaria jocoso). Por quê nenhum governante teve
grandeza moral de pensar e praticar a felicidade popular? Seria interessante os
pesquisadores rastrearem como se comportaram os governantes a respeito disso
durante os 10 mil anos de geo-história, particularmente nesses 500 anos de
Brasil. Daria uns livros maravilhosos e teses fantásticas.
Vitória,
terça-feira, 07 de outubro de 2003.
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