domingo, 26 de março de 2017


Cinema da Escola

 

                            Além da Escola de Cinema devemos falar do processo contrário/complementar, de ensinar cinema geral nas escolas.

                            Talvez as pessoas estranhem de ajuntarmos mais uma disciplina à já sobrecarregada agenda do primeiro e do segundo graus, mas o fato é que nos mais de 100 anos dessa tecnarte já produziram dezenas de milhares de filmes e documentários, tanto para as salas de cinema, no início, quanto depois para a TV e mais recentemente para os vídeos-cassetes e por últimos os DVD’s. Todos vemos filmes e devemos APRENDER A VER.

                            O Cinema geral comporta CATEGORIAS e GÊNEROS, modos de apresentar as estórias, no caso de filmes, ou geo-histórias, no caso de documentários, que devem ser, segundo o modelo, quatro verdadeiros e um centro de onde emerge tudo, daí cinco categorias e cinco gêneros. Das quatro, duas devem ser fantásticas, irreais, e duas reais ou verdadeiras. Portanto, dois são filmes-documentários e dois são apenas filmes, documentos fictícios. Os fictícios se subdividem em várias subcategorias

                            AS SUBCATEGORIAS FICTÍCIAS

·        Filmes de fantasia (sobre o passado)

·        Filmes de ficção científica (sobre o futuro)

Onde estão os dramas, os filmes policiais, etc? TODOS são da categoria das fantasias, já que não são FC. Aí deveríamos colocar os gêneros; 1) ação e 2) não-ação. Dos de AÇÃO teríamos: 1.a) policiais, 2.a) não-policiais, porque o processo de classificação deve ser exclusivo, deve excluir. De ação ou não, podem ser eles dramáticos ou conflituosos, ou não; se não, por oposição, comédias, em que qualquer oposição é posta de banda. Podem pretender ensinar ou divertir. Podem ser pesados ou leves, negros (noir) ou suaves, velhos ou ortodoxos, ou novos ou heterodoxos.

Veja que nem há uma PRATEORIA DO CINEMA (prática de desenvolvimento, teoria de pesquisa) que seja satisfatória e plena. Os magos e os artistas não são de classificar nada e os técnicos e os cientistas não se interessaram por isso, de forma que o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) não chegou perto do Cinema mais que por interesse de uso.

                            Assim, se não há uma Escola de Cinema não pode por princípio Cinema de Escola, porque não haveria o que ensinar, a menos que se fosse fazendo e ao mesmo tempo organizando, isto é, compondo os pontos de disciplina na medida da busca. Vê como é difícil este tempo?

                            Vitória, sexta-feira, 17 de outubro de 2003.

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