Cinema da Escola
Além da Escola de
Cinema devemos falar do processo contrário/complementar, de ensinar cinema
geral nas escolas.
Talvez as pessoas
estranhem de ajuntarmos mais uma disciplina à já sobrecarregada agenda do
primeiro e do segundo graus, mas o fato é que nos mais de 100 anos dessa
tecnarte já produziram dezenas de milhares de filmes e documentários, tanto
para as salas de cinema, no início, quanto depois para a TV e mais recentemente
para os vídeos-cassetes e por últimos os DVD’s. Todos vemos filmes e devemos
APRENDER A VER.
O Cinema geral comporta
CATEGORIAS e GÊNEROS, modos de apresentar as estórias, no caso de filmes, ou
geo-histórias, no caso de documentários, que devem ser, segundo o modelo,
quatro verdadeiros e um centro de onde emerge tudo, daí cinco categorias e
cinco gêneros. Das quatro, duas devem ser fantásticas, irreais, e duas reais ou
verdadeiras. Portanto, dois são filmes-documentários e dois são apenas filmes,
documentos fictícios. Os fictícios se subdividem em várias subcategorias
AS SUBCATEGORIAS FICTÍCIAS
·
Filmes
de fantasia (sobre o passado)
·
Filmes
de ficção científica (sobre o futuro)
Onde estão os dramas, os filmes
policiais, etc? TODOS são da categoria das fantasias, já que não são FC. Aí
deveríamos colocar os gêneros; 1) ação e 2) não-ação. Dos de AÇÃO teríamos:
1.a) policiais, 2.a) não-policiais, porque o processo de classificação deve ser
exclusivo, deve excluir. De ação ou não, podem ser eles dramáticos ou
conflituosos, ou não; se não, por oposição, comédias, em que qualquer oposição
é posta de banda. Podem pretender ensinar ou divertir. Podem ser pesados ou
leves, negros (noir) ou suaves, velhos ou ortodoxos, ou novos ou heterodoxos.
Veja que nem há uma PRATEORIA DO
CINEMA (prática de desenvolvimento, teoria de pesquisa) que seja satisfatória e
plena. Os magos e os artistas não são de classificar nada e os técnicos e os
cientistas não se interessaram por isso, de forma que o Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática)
não chegou perto do Cinema mais que por interesse de uso.
Assim, se não há uma
Escola de Cinema não pode por princípio Cinema de Escola, porque não haveria o
que ensinar, a menos que se fosse fazendo e ao mesmo tempo organizando, isto é,
compondo os pontos de disciplina na medida da busca. Vê como é difícil este
tempo?
Vitória,
sexta-feira, 17 de outubro de 2003.
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