As Guerras da Bolívia
A Bolívia é um dos
13 territórios da América do Sul (12 países e uma possessão francesa), tem área
de 1.098.581 km2 (24,1 vezes os 45.597 km2 do Espírito
Santo), população em 2001 de 8,5 milhões (umas 2,6 vezes a do ES), segundo o Almanaque Abril 2002, PIB em 1999 de
apenas US$ 8,5 bilhões, um dos países mais pobres das Américas, talvez em 1/3
dependente da venda de gás ao Brasil.
Alcançou em 1825 a
independência sob liderança de Simón Bolívar (José Antonio de la Santíssima
Trinidad Simón Bolívar y Palacios, venezuelano, 1783 a 1830) e Antonio José de
Sucre (venezuelano, 1795 a 1830), recebendo o nome em homenagem ao primeiro.
Desde então quase não tem havido um ano em que aconteça uma “revolução”, quer
dizer, um golpe de Estado.
COMPOSIÇÃO ÉTNICA DA POPULAÇÃO
TIPO
|
%
|
Quíchua
|
30
|
Aimarás
|
25
|
Mestiços
|
15
|
Descendentes Europeus
|
15
|
Outros
|
15
|
NÃO-BRANCOS
|
85
|
A Bolívia é o mais
não-branco Estado das Américas e a verdadeira revolução deveria começar por
ali. Não aquela que Che Guevara (Ernesto, argentino, 1928 a 1966, admirado
revolucionário cubano) queria, mas a de contrabalançar o domínio branco com a
presença indígena ou nativa americana, como se diz agora, fundando o primeiro
Estado Nativamericano, digamos assim, onde se realizaria depois o Congresso NA
que pedi no Livro 45 (artigo Congresso
Nativo Americano), ali se situando as instalações da futura federação da
confederação das Américas.
Veja que, ao
contrário do que dizem, os bolivianos são muito aguerridos e dão trabalho aos
15 % de brancos, não mestiçados (mas juntando-se aos 15 % de “outros” e 15 % de
mestiços fazem pesar a balança, de modo que não devem ser desprezados, pelo
contrário, podem ser excepcionais conselheiros), constituindo-se porisso mesmo
uma promessa real.
A
Bolívia poderia então contaminar os estados onde os incas e antes deles os
quíchuas e os aimarás estiveram presentes, como Peru, Paraguai, Equador, norte
do Chile, parte da Colômbia, constituindo-se um núcleo ideologicamente forte,
junto com as regiões da América Central e México, que fica na América do Norte,
e onde os maias, astecas e outros povos estiveram.
Não se trata de
saudosismo nem de fazer voltar os ponteiros, mas apenas de dar
representatividade a que não tem podido falar. Não queremos também o retorno
aos bárbaros comportamentos anticristãos daqueles povos, pois eram errados
mesmo, nem a recuperação falsa de rituais bobocas, que só fazem menores os que
os praticam na atualidade.
Entrementes, veja
só, as guerras da Bolívia não são nem devem ser motivo de chacota. Elas
constituem um índice poderoso de futuro.
Vitória, domingo, 19
de outubro de 2003.
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