As Experiências do
Super-Homem
Para tornar o
personagem interessante e manter presas as platéias dos quadrinhos os autores e
sucessores foram recheando-o de supercapacidades cada vez mais espantosas.
Entre outras coisas asseguraram de passagem que ele não dorme, ainda que
algumas vezes seja visto na cama. Como não sabemos se o Super-Homem vive muito
ou pouco (embora a vida dele pareça de duração normal, pois envelhece – mas
isso não está definitivamente determinado), fica que essas oito horas noturnas
que dedicamos ao sono e sonhos devem ser usadas de outro modo.
O que ele faz
enquanto todos estão dormindo?
Isso pode render um
filme piloto e série.
Mais longe que isso,
podemos perguntar o que o SH faz para se divertir, pois são superdiversões, e
devem ser muito curiosas, mesmo, podendo ocupar muitos escritores criativos,
porque na nova versão que quero introduzir ele não é apenas de corpo
superpoderoso, mas também de mente superpoderosa. O que se faz REALMENTE quando
tudo ou quase tudo está fechado? Passaria o SH as horas nos bares 24 horas?
Lendo gibis? Lendo enciclopédias e dicionários? Visitando vulcões? Assistindo
os canais pagos de todas as TV’s oferecidas? Podemos especular à vontade, pois
é personagem que pode ser dilatado quanto se queira. Será que toma banho em
leitos de lava? Se refresca em tufões? Conversa com as marmotas no fundo da
terra? Como são 8 horas diárias, num ano temos 365,25 x 8 = 2.922 horas, o que
é uma imensidade, visto que as horas noturnas parecem não passar. E isso ano
após ano, desde a mais remota infância, por duas décadas até a maioridade,
quase 30 mil horas, mais de 700 dias inteiros. Coisas do arco da velha ele deve
ter visto e experimentado. Pois a vida dos super-heróis deve ser uma supervida,
é ou não é?
Vitória, quarta-feira,
15 de outubro de 2003.
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