A
Diferença Entre os Garotinhos e as Menininhas
No MCES,
Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, descobrimos mecanismos
importantíssimos, fundamentais, que dão a linha do futuro, sobre como as
moléculas nos moldaram culturalmente, nacionalmente.
Tratei mais dos garotinhos, os adorados das
mulheres e seus protegidos (90 a 80 % de todos), que de primeiros da tribo
(depois dos homens-guerreiros) passavam aos 13 ou aos 15 anos (este número é
metade de uma geração) a últimos nos 10 a 20 % que iam caçar. Num momento eram
adulados por todos (menos pelos guerreiros, que já tinham passado pelo trauma e
sabiam que o buraco era mais embaixo), no momento seguinte, depois dos ritos de
passagem, tornavam-se os últimos.
DOIS
SALTOS EXTRAORDINÁRIOS
GAROTINHOS.
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Primeirões desde o nascimento, bajulados pelas mulheres, livres de
serviços que pesavam sobre as menininhas, judiadas pelas mães.
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Aos 13 ou 15 a surpresa fatal, de primeiro
das mulheres a últimos dos homens, os novatos idiotas.
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MENININHAS.
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Sempre por baixo, postas de parte pelas
mães como competidoras, sujeitas às piores ocupações, queriam a menstruação
para serem mães consideradas.
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Subitamente elas se tornavam respeitadas, o
que desejavam para quanto antes, e paravam de falar com as não-menstruadas.
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Duas linhas diferentes, muito distintas, que
nos marcam para sempre: para os garotinhos depressão nos dois sentidos, para as
menininhas a ascensão crescente (isso as tornava orgulhosas, insuportáveis) –
então elas tendiam a passar batom anunciando a nova condição, a imitar as mães,
a se jogar sobre os homens (para horror das mães, que as enxotavam e
chicoteavam). De forma que, para os garotinhos de antigamente, a adolescência
era uma coisa terrível, sujeita a muitos suicídios e embates, acumulando valor
de sobrevivência para quem restava. Para as menininhas era época de exaltação,
principalmente com o primeiro filho (o que acontecia muito cedo, aos oito,
nove, 10 anos) – isso é sabedoria da parte da Natureza, porque elas teriam de
aguentar os lanhos, os golpes, os sacrifícios sucessivos da maternidade e dos
cuidados (cozinhar, lavar, suportar os homens, suportar as outras mães e mulheres
inférteis, etc.); e para os garotinhos também, a Natureza colocava um funil,
buscando a sobrevivência do mais apto, o guerreiro furioso que fosse enfrentar
o campo aberto.
Esse cenário lhe parece com algo que nos
tenham dito?
O mundo é muito diferente do que nos
contaram.
Vitória, domingo, 26 de março de 2017.
GAVA.
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