Vila de Pescadores
Foi Gabriel que
disse isso ao ver antiga fotografia do Porto de Hong Kong, cidade de Vitória,
que “recebe anualmente mais de 10 mil navios nos seus 27 km de cais acostável”.
A enciclopédia Conhecer é de 1969
(São Paulo, Abril Cultural), volume XI, página 2.598.
De fato, a HK de
então pareceria uma vila de pescadores, com um ou outro prédio. O que a teria
propulsionado a ser depois essa potência econômica de hoje?
A ilha em si é como
a de Vitória, ES, Brasil, tem apenas 75 km2 (a daqui tem 80 km2),
em volta atingindo-se ao todo no antigo território, desde 1997 reincorporado à
China, 1.913 km2. Não se poderia esperar muito de um lugar assim.
Entrementes HK se tornou uma potência mundial, agressivamente exportadora, um
dos quatro dragões ou tigres, sei lá.
Para se ter uma
idéia, a renda percapita em 1999 era para a China de 780 dólares, enquanto HK
ficava com quase 25 mil. Não há dados de população no Almanaque Abril 2002, mas
no de 1997 consta que a população era de seis milhões, pelo quê podemos estimar
um PIB maior do que US$ 150 bilhões, pelo menos 50 % maior que o de Portugal.
Sair de uma vila de
pescadores a essas dimensões em talvez 30 ou 40 anos é uma proeza, significando
muito trabalho do povo e consideráveis e constantes acertos das elites, no que
o Brasil é deficiente, não tanto em trabalho do povo, mas em superapropriação
pelas elites, exploração desavergonhada, e muitos erros cometidos. É ISSO que
deve ser investigado: como é que certas elites foram mais competentes que outras
e o que significou EXATAMENTE a incompetência dos incapazes? No que as elites
atrasadas e infiéis erraram?
Essa é a pergunta
central.
Vitória, sábado, 24
de maio de 2003.
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