Uma Lente Esquisita
Na Scientific American ano I, nº 12,
maio/2003, p. 58, está escrito: ”A proposta de Chen levou ao estabelecimento da
colaboração científica SNO e ao final, à criação do detector SNO. As mil
toneladas de água pesada são contidas num vaso de acrílico transparente de 12
metros de diâmetro. A água pesada é observada por mais de 9.500 tubos
fotomultiplicadores presos a uma esfera geodésica de 18 metros de diâmetro.
Cada tubo é capaz de detectar um único fóton de luz. A estrutura inteira é submersa
em água ordinária ultrapura que enche uma cavidade escavada na rocha a 2 mil
metros abaixo da superfície”.
Pense no Canadá,
procure no mapa um lugar chamado Sudbury, lá essa caverna, dois mil metros para
baixo aquela construção, com todas as especificações. Repare que lente
diferente pode ser essa para olhar o interior do Sol. Na realidade é mais
esquisito que isso, ainda, porque se tratam de PESSOAS (indivíduos, famílias,
grupos e empresas) empenhadas em AMBIENTES (municípios, estados, nações e mundo
– a Terra), depois de uma evolução físico/química de 15 bilhões de anos, dos
quais evolução biológica/p.2 de 3,8 bilhões de anos, de psicológica/p.3 humana
de vários milhões de anos, de civilização de 10 mil anos, até chegarmos a essa
profundidade de visão.
As coisas que a
humanidade está fazendo hoje em dia ultrapassam em muito a capacidade
individual de visualizar. É impressionante, mesmo, mas é quase nada diante do
futuro, porque nem nasceu ainda a Informática/p.4, o reino dos seres-novos.
Quando leio as notícias de tudo que vem sendo feito fico admiradíssimo, porém
isso não é senão uma tintura das possibilidades.
Vitória,
quinta-feira, 29 de maio de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário