quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017


Polícia do Sistema

 

                            Como não existem nem passado nem futuro, sobrou só o presente, como já mostrei repetidamente. Assim sendo, Timecop está condenado desde o início, enquanto conceito.

                            Mas podemos imaginar uma trama inversa da de Matrix, em que policiais (= ANJOS = SOLDADOS, etc., na Rede Cognata) se encarregam de fiscalizar as ações das pessoas que, naturalmente, não sabem que eles existem, não vêem suas ações paralelas, embora os vejam como pessoas comuns e tenham impressão de conhecer suas vidas (que são só simbólicas, construídas). Assim, quando uma pessoa (indivíduo, família, grupo, empresa) vai tomar uma atitude disruptiva, que destrói as configurações do sistema, eles intervêm, modificando os atos, alterando a realidade sem que ninguém em volta se dê conta; pelo contrário, depois de feito, todos imaginam que era aquilo mesmo. Eles agem sobre todo o real, tanto dentro quanto fora das mentes, reconstruindo tudo.

                            Evidentemente também, há os inimigos do sistema, programas que se rebelaram contra o metaprogramáquina central, que tentam de todo jeito atrapalhar, de dar falsa consciência (uma referência aos irmãos W, autores e diretores de Matrix) às criaturas, terroristas que introduzem malignidade no grande programa. Isso será bom para Matrix, PORQUE acenderá ainda mais o debate. Depois do filme piloto toda uma série pode se perguntar qual das duas versões, Matrix ou Antimatrix seria a verdadeira. Muito gostosinho esse jogo de gato e rato.

                            Vitória, domingo, 1 de junho de 2003.

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