Polícia do Sistema
Como não existem nem
passado nem futuro, sobrou só o presente, como já mostrei repetidamente. Assim
sendo, Timecop está condenado desde o início, enquanto conceito.
Mas podemos imaginar
uma trama inversa da de Matrix, em que policiais (= ANJOS = SOLDADOS, etc., na
Rede Cognata) se encarregam de fiscalizar as ações das pessoas que,
naturalmente, não sabem que eles existem, não vêem suas ações paralelas, embora
os vejam como pessoas comuns e tenham impressão de conhecer suas vidas (que são
só simbólicas, construídas). Assim, quando uma pessoa (indivíduo, família,
grupo, empresa) vai tomar uma atitude disruptiva, que destrói as configurações
do sistema, eles intervêm, modificando os atos, alterando a realidade sem que
ninguém em volta se dê conta; pelo contrário, depois de feito, todos imaginam
que era aquilo mesmo. Eles agem sobre todo o real, tanto dentro quanto fora das
mentes, reconstruindo tudo.
Evidentemente
também, há os inimigos do sistema, programas que se rebelaram contra o metaprogramáquina
central, que tentam de todo jeito atrapalhar, de dar falsa consciência (uma
referência aos irmãos W, autores e diretores de Matrix) às criaturas,
terroristas que introduzem malignidade no grande programa. Isso será bom para
Matrix, PORQUE acenderá ainda mais o debate. Depois do filme piloto toda uma
série pode se perguntar qual das duas versões, Matrix ou Antimatrix seria a verdadeira. Muito gostosinho esse jogo
de gato e rato.
Vitória, domingo, 1
de junho de 2003.
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