Pobreza das Terras
O Atlas Histórico, São Paulo, Britannica,
1988 (impresso em Barcelona), p. 15, diz: “A pobreza das terras ocupadas pelos árias em sua
invasão e as estruturas sociais e econômicas por eles estabelecidas
impulsionaram uma obra de colonização que começou a desenvolver-se a partir do
século VIII a.C.”, negrito e colorido meus.
Veja, não é a
pobreza das terras ou a penúria de águas, é a inferioridade do Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática)
geral que impede o ir, o espalhar-se. É a ausência de uma frente
tecnocientífica mais segura de si e do mundo que impede a dilatação dos seres
racionais.
Porque os seres
humanos, até por definição, comportam racionalidade e, diferentemente dos animais
(mas não são todos), não avançam apenas física/quimicamente ou biologicamente/p.2,
adiantamo-nos psicologicamente/p.3, ou seja, RACIONALIZAMOS O AMBIENTE - os
avanços dependem mormente de racionalização, de criação de OBJETOS RACIONAIS e
de PROGRAMAS RACIONAIS, de programáquinas ou processobjetos racionais.
Não vamos a
Burarama, Cachoeiro de Itapemirim, ES, Brasil, América do Sol, Américas,
mundo-Terra somente nos níveis anteriores, vamos racionalmente, vamos como
humanos, com todos os sinais de nossa humanidade. Temos uma interface DE
CONHECIMENTO, uma interface de racionalidade. É ela que é suficiente ou
insuficiente. Na mesma terra que os árabes julgavam apenas um deserto os
israelenses tiraram excelentes colheitas. E no mesmo solo julgado pobre antes pelos
coronéis nordestinos, consequentemente abandonados como infértil, novos
conhecimentos vindos do Sudeste e do Sul do Brasil produziram colheitas
gigantescas de uvas e outras frutas supostas de terras frias.
Não é o solo, mas o
conhecimento que se tem do solo.
Na falta de
conhecimento nada presta.
O que aconteceu de
fato foi que os árias não dispunham de conhecimentos mais avançados que
tirassem das terras onde estavam o sustento que desejavam. E de eles,
simplesmente, ambicionarem o alheio, segundo aquela velha tendência de
sobreviver à custa do suor dos outros.
Vitória,
segunda-feira, 02 de junho de 2003.
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