PILEX
No livro de Isaac
Asimov, Civilizações Extraterrestres,
Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980 (original americano de 1979), p.
9, ele diz:
“Se estão em algum
lugar lá fora, será que vão nos encontrar? Ou já nos encontraram?
“Se ainda não nos
acharam, podemos achá-las? Melhor ainda, devíamos achá-las? Será seguro?
“Estas são as
perguntas que devemos fazer quando admitimos que não estamos sós; os astrônomos
as estão fazendo.
“De fato, o problema
da pesquisa sobre inteligência extraterrena tornou-se, agora, tão comum, que
tem sido abreviado para facilitar os que trabalham com ele. Hoje, os astrônomos
se referem a ele como SETI, iniciais da expressão ‘pesquisa sobre inteligência
extraterrena’”.
SETI, do inglês
Search of Extraterrestrial Intelligence, em português, a partir da tradução, podemos
dizer PILEX, Pesquisa de Inteligências EX/traterrestres. Agora, por quê
traduzir isso, em lugar de simplesmente adotar a sigla em inglês, relativa a
uma busca muito mais avançada e mais antiga?
A questão é que
imagino que, existindo os radiotelescópios desde 1958, e tendo Frank Drake
começado a buscar desde 1960, há 43 anos agora, não resta dúvida de que eles
podem estar mirando de modo errado, pelo quê vale a pena a alternativa. Ou
seja, um modo diferente de olhar pode significar a diferença entre ver e não
ver. O que os tropicais poderiam oferecer de diferente seria justamente a
heterodoxia, a mudança em relação ao passado, ao que já foi tentado,
desviando-se dos elementos comuns, repetitivos, aquilo que já foi tentado e é
seguido como paradigma, programa autorizativo de busca.
Assim não
aderiríamos automaticamente ao SETI, seja cedendo tempo de computadores, como o
resto do mundo faz, seja a Academia geral tropical aquiescendo por cooptação.
Alguma autonomia, nome próprio, pensamento próprio, sentimentos próprios são
esperados e seriam bem-vindos.
Vitória,
sexta-feira, 06 de junho de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário