terça-feira, 21 de fevereiro de 2017


O Tempo de Deus

 

                            O povo diz que “um segundo para Deus é como mil anos para nós”. Um ano de Deus teria 31.557.600.000 anos dos nossos. Os hindus têm contagens consideravelmente menos altas, porque dizem que um dia de Brahma tem quatro bilhões de nossos anos, ao passo que sua noite (na Rede Cognata, veja Rede e Grade Signalíticas, Livro 2, noite = MORTE, contraposta a dia = DURAR) teria igual comprimento. Seriam ciclos.

                            Aliás, tempo = DEUS = DUPLO = DOIS, etc.

                            Deveríamos pensar que esse duplo aí quereria dizer dois universos, este em que estamos e seu par oposto/complementar, o antiuniverso. Neste par faria sentido o espaçotempo modelado, ao passo que no ESPAÇOTEMPO DE CONFIGURAÇÃO, totalmente não, porque tanto o espaço quanto o tempo devem ser não-finitos.

                            Parece tolice raciocinar sobre isso, mas não é. Em primeiro lugar, como as pessoas chegaram a essa idéia de durações tão longas? Seria natural opor ao finito o não-finito, mas acontece que o não-finito inexiste, porisso não podemos dele fazer idéia. Que são dois bilhões de anos? Não tem o menos significado. Quando falamos de DOIS BILHÕES isso é apenas um número, não tem sentido material. Humanamente só fazemos idéia de 200, 300 anos. Como é que alguém falaria espontaneamente em bilhões de anos? Em segundo lugar, o que é muito mais importante, OS TEMPOS DE CRIAÇÃO DO UNIVERSO REAL são dessa ordem de grandeza, algumas noites e alguns dias de Brahma = DEUS. Que os cientistas do Ocidente, tendo a Bíblia como fundo de cultura, passassem a replicá-la no instrumental de busca, pode até ser tomado como uma impressão. Contudo, os estudos estão replicando a cosmogonia indiana, a teogonia de lá, não a cristã-grega-semita, apenas. É tudo muito esquisito.

                            Vitória, quinta-feira, 29 de maio de 2003.

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