segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017


Gozo Norueguês

 

                            A Noruega é um país nórdico, do hemisfério norte, eslavo (da palavra em rus, origem do russo de hoje, que significava “escravo”), norte-europeu, até há alguns séculos nação marginal, assim como são os países da América Latina hoje, ou pior. Mercê de políticadministrações corretas das elites de lá para com seu povo, prosperou muito e atingiu a condição de país de maior IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, da ONU, Organização das Nações Humanas, que leva em conta vários fatores. Para se ter uma idéia, a posição do Brasil é lá por 80.

                            Sua população era de 4,5 milhões (por comparação com 3,1 milhões do ES, Brasil, em 2000, área de 45.597 km2, densidade de 68 hab/km2) em 2001, numa área de 323,9 mil km2, que é mormente gelada a maior parte do tempo, densidade de 14 hab/km2. Na realidade mais, porque a área aproveitável é bem menor.

                            O PIB chegou a US$ 152,9 bilhões em 1999, com PIB per capita então de US$ 33,5 mil, o que quer dizer que a família típica de quatro pessoas atingirá US$ 134 mil por ano, média familiar mensal de mais de 33 mil reais, pouco menos de 140 mínimos brasileiros, neste instante 240 reais por mês – o que o trabalhador daqui levaria 10,5 anos para ganhar, inclusive 13º e 1/3 de férias. O que um braçal daqui ganharia numa vida inteira de trabalho sofrido a família média de lá recebe em apenas três meses. A diferença entre os maiores e os menores salários é de 4/1, em lugar de 200/1 ou mais como no Brasil e em outros lugares. A população paga alegremente tributos que vão à casa dos 50 %, enquanto ordem de grandeza, porque o governo provê quase tudo, desde atendimento médico-hospitalar perfeito, estradas, pontes, escolas, a coisas insuspeitadas.

                            Veja a diferença de respeito lá e aqui.

                            O que nós vemos é que as pessoas de lá (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os ambientes (municípios/cidades, estados ou províncias e a nação) trabalharam lá com afinco, até chegarem a essa socioeconomia esplendorosa. Se tanto trabalharam as gerações passadas e as de agora, podem com justa despreocupação gozar a vida.

                            Parabéns!

                            Vitória, quarta-feira, 28 de maio de 2003.

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