A Roça como
Informação
Nos últimos cem anos
com mais intensidade, mas desde 1453, começo da Idade Moderna, até desde antes,
vem havendo uma migração progressiva para as cidades, mais recentemente
inchando-as. Para se ter uma idéia da amplitude, há apenas 40 anos o Brasil
tinha no campo 70 % de sua gente; lá por 1985 inverteu-se a situação, ficando
no campo 30 %, agora chegando a 85 % de urbanização em alguns estados, exigindo
uma redefinição do que seja cidade, para tentar reverter a visão.
Tenho repensado o
campo com grande freqüência, mormente no sentido de tirar disso algum lucro
futuro, revendo processos e objetos, os processobjetos ou programáquinas,
programas da roça inseríveis em máquinas que sirvam ao campo DISTINTAMENTE,
isto é, que sejam construídas para condições de uso muito mais duro, sendo,
portanto, mais resistentes.
Despojado o campo de
sua condição de mero objeto, vendo-o como CONCEITO ou IDÉIA ou ESTRUTURA,
poderemos observar mais para dentro as condições de novo uso, de novos aproveitamentos,
de muito mais denso rendimento, não naquele de o interior se tornar urbanizado,
por pressão de uma compreensão errônea e de julgamentos extemporâneos de
suposta qualidade de vida superior nas cidades, e sim em razão de amor mesmo à
simplicidade, à paz de espírito, à tranqüilidade geral, à convivência mais
ordenada, etc.
Daí que, no âmbito
daquelas idéias de exploração e no das patentes, tenho visualizado uma
quantidade bastante significativa de valorizações ou agregações de valor, mas
não tantas quanto mais gente preocupada e dedicada veria, em todos os países do
mundo. Entrementes, penso que nosso grupo deve voltar-se com intensidade para o
Campo geral, de todas as nações. Remodelação pelas (até agora delineadas) 22
tecnartes, um bauhaus de novos desenhos. Isso vai ser mesmo muito emocionante e
recompensador.
Vitória,
sexta-feira, 06 de junho de 2003.
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