quarta-feira, 25 de janeiro de 2017


Bibliocampo

 

                            Desde 1984/87, quando estive em Linhares, venho insistindo na constituição de uma biblioteca para as roças.

                            Agoraqui vejo como módulos verdes a serem colocados nas sedes dos distritos, nas vilas, que de modo algum devem se tornar cidades, seria uma perda para os do campo e para os citadinos. Neles toda a Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos) seria voltada para o campo, a saber: indústrias de produtos agropecuários, comércio local, seções bancárias, etc.

                            Como o interior foi esvaziado em razão das pressões que depois foram como efeito denominadas “evasão rural”, devemos aproveitar tal erro para manter o Campo geral relativamente vazio como instrumento para a purgação das angústias urbanas, ou seja, como apoio psicológico da salvação dos moradores sofredores das cidades inchadas. Seja através do agroturismo, do ecoturismo, da visitação ou do que for, devemos amparar a transformação do campo num vastíssimo instrumento de renovação da sociedade/civilização/cultura. Isso seria feito por meio das bibliotecas do campo, que podem ser tão contemporâneas quanto quiosques eletrônicos públicos, com programáquinas que de fato auxiliam as economias rurais. Essa é a atualização daquelas idéias mais simples de 15 a 17 anos atrás, quando não havia Internet ainda.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003.

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