Tamanho do Exterior
Quando
estávamos na faculdade, lá pelos lados de 1977 (eu ficando sempre reprovado,
eles passando de semestre e de ano), num debate eu disse a Marta Sá, irmã de
Pedro, que os EUA não eram só as empresas lá dentro, eram todas as empresas de
lá espalhadas pelo mundo.
Pense
que se os Estados Unidos subitamente desaparecessem, sumissem do mapa sem quê
nem para quê, ainda restariam milhares de subsidiárias das multinacionais fora
do país. Em que medida o mesmo aconteceria com as demais nações? Em grau muito
menor, e é isso que proponho seja avaliado exaustivamente.
Se
sobreviesse uma Idade do Gelo, com congelamento até Nova Iorque e até Buenos
Aires, os empresários americanos e de várias nações poderiam fazer as malas,
transferir suas fábricas e mudar para as regiões agora tropicais, então
temperadas.
Enfim,
quanto de uma nação está representada fora dela?
Uma
avaliação POR MUNDOS (primeiro, segundo, terceiro e quarto) vai mostrar
contrastes bem nítidos. Quando começou e em que ritmo prosperou essa
mundialização, essa planetarização, essa transnacionalização? Onde os
tentáculos dos novos governempresas mundiais estão espalhados? Em que medida o
Capitalismo de terceira onda posicionou seus apêndices impiedosamente por todo
o mundo?
Como
esses da Academia são tolos e perdem tempo!
Um
abismo de tempo gasto com milhares de criaturas que ficam publicando essas
tesezinhas, essas micro teses fajutas ano após ano, só para encher linguiça,
como diz o povo. Uns querem adular e outros querem atacar. É como o bobo do
Boris Casoy, que quer ser ao mesmo tempo jornalista-âncora e comentarista, com
aquela ênfase desnecessária, ajudando os outros a pensar. Seria apenas o caso
de realizar as pesquisas e deixar quem desejasse tirar as conclusões. Mas uns
adulam e tudo passa em branco, enquanto outros atacam e atraem a fúria das
empresas e dos governos que as protegem. E assim o verdadeiro trabalho não se
faz.
Por
exemplo, quão grande é o Brasil no exterior?
Evidentemente
ninguém sabe com certeza, ficamos na base do chutômetro, o que é mesmo uma
pena.
Vitória,
quarta-feira, 21 de agosto de 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário