segunda-feira, 26 de dezembro de 2016


Tamanho do Exterior

                            Quando estávamos na faculdade, lá pelos lados de 1977 (eu ficando sempre reprovado, eles passando de semestre e de ano), num debate eu disse a Marta Sá, irmã de Pedro, que os EUA não eram só as empresas lá dentro, eram todas as empresas de lá espalhadas pelo mundo.

                            Pense que se os Estados Unidos subitamente desaparecessem, sumissem do mapa sem quê nem para quê, ainda restariam milhares de subsidiárias das multinacionais fora do país. Em que medida o mesmo aconteceria com as demais nações? Em grau muito menor, e é isso que proponho seja avaliado exaustivamente.

                            Se sobreviesse uma Idade do Gelo, com congelamento até Nova Iorque e até Buenos Aires, os empresários americanos e de várias nações poderiam fazer as malas, transferir suas fábricas e mudar para as regiões agora tropicais, então temperadas.

                            Enfim, quanto de uma nação está representada fora dela?

                            Uma avaliação POR MUNDOS (primeiro, segundo, terceiro e quarto) vai mostrar contrastes bem nítidos. Quando começou e em que ritmo prosperou essa mundialização, essa planetarização, essa transnacionalização? Onde os tentáculos dos novos governempresas mundiais estão espalhados? Em que medida o Capitalismo de terceira onda posicionou seus apêndices impiedosamente por todo o mundo?

                            Como esses da Academia são tolos e perdem tempo!

                            Um abismo de tempo gasto com milhares de criaturas que ficam publicando essas tesezinhas, essas micro teses fajutas ano após ano, só para encher linguiça, como diz o povo. Uns querem adular e outros querem atacar. É como o bobo do Boris Casoy, que quer ser ao mesmo tempo jornalista-âncora e comentarista, com aquela ênfase desnecessária, ajudando os outros a pensar. Seria apenas o caso de realizar as pesquisas e deixar quem desejasse tirar as conclusões. Mas uns adulam e tudo passa em branco, enquanto outros atacam e atraem a fúria das empresas e dos governos que as protegem. E assim o verdadeiro trabalho não se faz.

                            Por exemplo, quão grande é o Brasil no exterior?

                            Evidentemente ninguém sabe com certeza, ficamos na base do chutômetro, o que é mesmo uma pena.

                            Vitória, quarta-feira, 21 de agosto de 2002.

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