Riqueza
de Ideias como Democratizadora
Uma ideia sempre coloca o idealizador em
conflito-confronto com as pessoambientes (PESSOAS: indivíduos, famílias,
grupos, empresas; AMBIENTES: cidades-municípios, estados, nações, mundo),
inclusive consigo; por exemplo, o mero deslocamento de cama em casa cria novas
linhas de passagem. Uma patente - comprando-se ou não o objeto derivado dela -
impele o coletivindividual a mudanças (por vezes notáveis) para o bem e para o
mal, digamos os antibióticos, que tanto salvaram pessoas quanto elevaram a
resistência das bactérias.
Ideias jogadas aos ambientes levam a mudanças
exponenciais e provocam alterações formidáveis, obrigando a coletividade a se
reposicionar, como aconteceu com os celulares, agora onipresentes. Quanto menos
pesquisadora & desenvolvedora é a sociedade, mais estagnante se tornará –
cristalizará em gestuais, em posturas acadêmicas, em restrições socioeconômicas
e políticas. AS coletividades pobres em ideias tendem a se tornar arcaicos,
obsoletos, antiquados e dependentes, subordinadas, como aconteceu com a
Grã-Bretanha, conforme ia declinando por lá a capacidade de gerar novas
invenções. A sócioeconomia britânica não piorou frente à alemã porque impôs mais
regras (como está no documentário Brexit) e sim porque se tornou menos
inventiva. A URSS sucumbiu e desapareceu pelo mesmo motivo, com o recuo da
criatividade ela se tornou mais e mais antidemocrática.
No polo oposto, os EUA são altamente
dinâmicos em imaginação e, com isso, nas manifestações democráticas (como
passou a acontecer no Oriente, a começar do Japão, de Taiwan, da Coreia do Sul
– pode ter certeza que na Coreia do Norte há poucas idealizações – e até da
China copiadora). Quando declinarem os investimentos em inovação nos Estados
Unidos poderemos ver que o país estará mergulhando na depressão mental das
sociedades fechadas.
Veja assim: quando uma ideia é empurrada
contra a acomodação, ela provoca rearranjo de todos e cada um. Quando a máquina
de lavar roupas foi criada ela alterou tudo no mundo humano, que era de certo modo
antes e passou a ser outro depois.
Essa riqueza de ideias democratiza, ela ABRE
O MUNDO, faz crescer, fermenta os ambientes e as pessoas. Parodiando o livro de
Alexandre Koyré, Do Mundo Fechado ao Universo Infinito, poderíamos falar DA
SOCIEDADE FECHADA À SOCIEDADE INFINITA, aquela que estimula continuamente a
criação.
Vitória, sábado, 24 de dezembro de 2016.
GAVA.
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