Quatro Tensores
No
livro de Colin A. Ronan, História Ilustrada da Ciência (I, Das Origens à
Grécia), Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1987, edição original de 1983, p. 57, ele
diz: “A visão maia do universo era tanto conservadora quanto primitiva. O mundo
tinha quatro ‘direções’, cada qual associada a uma cor e uma árvore, com um
pássaro pousado sobre ela. As direções emanavam da ‘grande árvore da
abundância’, plantada no centro do mundo, e eram seguidas por estradas, talvez
as contrapartes das calçadas de pedra calcárias encontradas em alguns sítios
maias. O céu era formado por treze camadas, e o submundo, associado ao jaguar,
por nove”.
Agora,
observe que na Rede Cognata direções = TENSORES, mundo = MODELO = ESTRADAS, e
que os cientistas estão dizendo que a matemática do universo se apóia em 10
dimensões e não em quatro. Os quatro tensores (ou direções) podem ser os assim
chamados “quatro cantos (= CENTROS = CAMADAS) do mundo”, as quatro forças (ou
campartículas ou ondas, como prefiro dizer) fundamentais.
Então,
afinal de contas, pode ser que os maias não fossem exatamente tolos, pelo
contrário, e pode ser que eles tenham recebido esse conhecimento de alguém mais
esperto. De fato, tendemos a classificar os outros como idiotas. Olhando o
passado, quando usamos o termo “primitivo” queremos dizer apenas que a produção
deles não se equiparava à nossa, não que não tivessem chegado à verdade mais
profunda, autonomamente ou por meio de confissões alienígenas ou de povos mais
antigos e espertos.
Há
uma tendência dos historiadores de usar o primitivo como uma classificação de
valor, o que me parece errado.
Vitória,
segunda-feira, 26 de agosto de 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário