sexta-feira, 23 de dezembro de 2016


Proporcionalidade dos Objetos Celestes

 

                            Freqüentemente, ao mostrar a Terra na telinha de TV, a Lua aparece logo ao lado do diâmetro terrestre, encostadinha mesmo. Acontece que a Terra tem 6.372 km de raio (12.744 km de diâmetro), a Lua 1.740 km de raio (3.480 km de diâmetro), situando-se a uma distância média de 382 mil km. Se tomarmos o diâmetro da Terra como passo-padrão, a Lua se situaria a 30 diâmetros terrestres. Se fizermos isso com a Lua, a Terra estaria a 110 diâmetros lunares.

                            Se a Terra tiver 12,7 cm na tela, a Lua estaria a 3,82 metros. Se a Lua tivesse 12,7 cm, a Terra deveria ser mostrada a 13,9 metros. Enfim, não daria para ver. Colocando a Lua assim pertinho o artista provocaria gigantescas ondas (dezenas de quilômetros, talvez) por efeito de maré. Até os continentes se deslocariam para o espaço!

                            Bom, e a tal “licença poética”?

                            Evidentemente ela não pode contrariar a tecnociência, nem a razão, a lógica, e tudo isso.

                            SE a tela tem 20” (vinte polegadas), medidas na diagonal, sendo o triângulo retângulo e a relação não-wide (wide é 9 x 16) de 9 x 12 ou 3 x 4, a hipotenusa terá lado = 5, quatro polegadas por unidade, os catetos medindo 3 x 4 = 12 e 4 x 4 = 16 polegadas, ou seja, cada polegada valendo (exatamente, por definição) 2,54 cm, 12 x 2,54 = 30,5 cm de altura (a vertical) e 16 x 2,54 = 40,7 cm de largura (a horizontal). Para caberem os 3,82 m da distância média, a Terra teria 1,33 mm, enquanto a Lua ficaria com 0,4 mm, um ponto quase invisível.

                            O povo e as elites não devem ser enganados EM NADA, inclusive não nisto também. SE as pessoas querem colocar perto, que façam o reparo, dizendo que é não-proporcional. Se não fizerem o reparo devem colocar corretamente. Foi de escorregão em escorregão, de permissão em permissão que se chegou a essa permissividade antilibertária de agoraqui.

                            Vitória, sexta-feira, 09 de agosto de 2002.

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