Proporcionalidade dos
Objetos Celestes
Freqüentemente, ao
mostrar a Terra na telinha de TV, a Lua aparece logo ao lado do diâmetro
terrestre, encostadinha mesmo. Acontece que a Terra tem 6.372 km de raio
(12.744 km de diâmetro), a Lua 1.740 km de raio (3.480 km de diâmetro),
situando-se a uma distância média de 382 mil km. Se tomarmos o diâmetro da
Terra como passo-padrão, a Lua se situaria a 30 diâmetros terrestres. Se
fizermos isso com a Lua, a Terra estaria a 110 diâmetros lunares.
Se a Terra tiver 12,7
cm na tela, a Lua estaria a 3,82 metros. Se a Lua tivesse 12,7 cm, a Terra
deveria ser mostrada a 13,9 metros. Enfim, não daria para ver. Colocando a Lua
assim pertinho o artista provocaria gigantescas ondas (dezenas de quilômetros,
talvez) por efeito de maré. Até os continentes se deslocariam para o espaço!
Bom, e a tal
“licença poética”?
Evidentemente ela
não pode contrariar a tecnociência, nem a razão, a lógica, e tudo isso.
SE a tela tem 20”
(vinte polegadas), medidas na diagonal, sendo o triângulo retângulo e a relação
não-wide (wide é 9 x 16) de 9 x 12 ou 3 x 4, a hipotenusa terá lado = 5, quatro
polegadas por unidade, os catetos medindo 3 x 4 = 12 e 4 x 4 = 16 polegadas, ou
seja, cada polegada valendo (exatamente, por definição) 2,54 cm, 12 x 2,54 =
30,5 cm de altura (a vertical) e 16 x 2,54 = 40,7 cm de largura (a horizontal).
Para caberem os 3,82 m da distância média, a Terra teria 1,33 mm, enquanto a
Lua ficaria com 0,4 mm, um ponto quase invisível.
O povo e as elites
não devem ser enganados EM NADA, inclusive não nisto também. SE as pessoas
querem colocar perto, que façam o reparo, dizendo que é não-proporcional. Se
não fizerem o reparo devem colocar corretamente. Foi de escorregão em
escorregão, de permissão em permissão que se chegou a essa permissividade antilibertária
de agoraqui.
Vitória,
sexta-feira, 09 de agosto de 2002.
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