Problemagrafia
Vi no modelo que a
Natureza quer insistentemente que a humanidade e todos os seres vivos resolvam
problemas, encontrem as soluções, ou morram. Solução ou morte, estes são os
limites. Os mundos (do primeiro ao quarto), as classes do labor (soluções
operárias, intelectuais, financistas, militares
e burocratas), os setores econômicos (produções agropecuárias/extrativistas,
industriais, comerciais, de serviços e bancárias), tudo, absolutamente tudo
deve resolver problemas.
Bom, então olhei para
os problemas e vi que eles estão em guetos, chamados “livros didáticos”, quando
estão. São de dois tipos gerais: 1) os problemas teóricos, 2) os problemas
práticos. Não foi abordada fora do modelo a solução convergente, prateórica. Aqueles
foram melhor e mais metódica e extensivamente tratados, enquanto estes são
coletâneas soltas, com o descuido normal.
As soluções teóricas
são obtidas na Vida da Escola, conduzida pela pedagogia teórica,
enquanto as soluções práticas são testadas na Escola da Vida, passando
nas categorias de trabalho baixo (são 6,5 mil as profissões, dizem) à geração
seguinte, com ou sem aprimoramento. Quase sempre não há pensamento delineador.
Por outro lado, ao
grupo das ST (soluções teóricas) falta a ligatividade (qualidade do que é
ligável) com a prática, enquanto o contrário é mais que verdadeiro, para as SP
(soluções práticas).
Por que é assim?
Porque não
trabalhamos a P&D prateórica (de dupla via, portanto, de uma a outra e
retornando) dos problemas como problema-grafia geral, estudo dos problemas, a
problemática tão ridicularizada? Como é que fomos tão displicentes, tão
negligentes, tão relaxados, tão frouxos, tão acomodados?
Como é que não
proporcionamos às pessoas manuais de problemas (o livro ao contrário sendo o conjunto
das soluções; portanto, um par problema-solução)? Deveríamos tê-los aos
milhares, inclusive com coleções de enigmas, ao modo que Feymann gostava de
resolver, mais os quebra-cabeças, até as revistinhas de palavras cruzadas. Isso
não é brinquedo, não! É coisa muito séria, questão de sobrevivência nacional em
todos os patamares de raciocínio e vivência. É fundamentalíssimo como forma de
projetar a nação para destinos mais elevados.
Bibliotecas inteiras
de livros assim.
A par delas, escolas
dedicadas a níveis sempre mais elevados de problemas, de tal modo que se
tornasse uma febre nacional. Erros e acertos, as pessoas que tiveram intuições
geniais, fora e dentro do país. Juntarmo-nos aos hispano-americanos.
Participarmos de competições internacionais em todos os ramos do Conhecimento
(competições mágicas/artísticas, teológicas/religiosas,
filosóficas/ideológicas, científicas/técnicas e matemáticas).
Nenhum mundo,
nenhuma nação, nenhum estado, nenhum município/cidade, entre os ambientes, e
nenhuma empresa, nenhum grupo, nenhuma família e nenhum indivíduo, entre as
pessoas pode prescindir disso, do teste contínuo. Parar de crescer é morrer.
Crescer é deparar-se com as dificuldades do crescimento, que são justamente os
problemas. Agora, veja, a humanidade tem memória das dificuldades, através da
qual pode preparar as gerações que irão assumir as políticadministrações
governempresariais pessoambientais para ESPERAR E ACEITAR A CARGA DE PROBLEMAS.
Evidentemente as soluções do passado nem sempre servem ao futuro, mas pelo
menos a pessoa saberá que os problemas virão.
Vitória,
sexta-feira, 9 de agosto de 2002.
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