quinta-feira, 22 de dezembro de 2016


Epistemologia da Eficiência

 

                            Do outro lado de estudar a EFICIÊNCIA DA EPISTEMOLOGIA, outro artigo deste Livro 6, devemos nos voltar para a EPISTEMOLOGIA (geral, Epistemologia no modelo, e epistemologia na Ciência) DA EFICIÊNCIA, isto é, estudar no Conhecimento geral e no conhecimento particular da Ciência a eficiência.

                            O rendimento é só parte da Eficiência geral.

                            Na Ciência podemos perguntar pela eficiência em toda a pontescada, a saber: 1) eficiência na Física/Química, 2) eficiência na Biologia/p.2, 3) eficiência na Psicologia/p.3, 4) eficiência na Informática/p.4, 5) eficiência na Cosmologia/p.5, 6) eficiência na Dialógica/p.6.

                            No Conhecimento podemos indagar da eficiência na Magia/Arte, na Teologia/Religião, na Filosofia/Ideologia, na Ciência/Técnica e na Matemática. Podemos perguntar da eficiência nas 6,5 mil profissões. E também das classes do labor: eficiência operária, eficiência intelectual, eficiência financista, eficiência militar e eficiência burocrática.

                            Podemos fazer a pergunta crucial: somos eficientes?

                            Dois bilhões (1/3 da humanidade) de famintos dizem que não. Desperdício da primeira natureza, biológica/p.2, diz que não. O sobretrabalho uterino das mulheres, com tantas crianças morrendo jovens, diz que não. Tantas embalagens sendo jogadas fora como lixo ou rejeito dizem que não. Olhando a humanidade, todo o esbanjamento, podemos taxativamente dizer que não.

                            De onde vem a ineficiência?

                            Uma parte vem dos acasos, do fortuito, da eventualidade inevitável, dos erros não-humanos, do imprevisível. Da metade que sobra metade vem não do desleixo, mas dos erros honestos, involuntários. Assim, devemos contar que 25 % sejam erros evitáveis, produtos do descaso. São esses 25 % que miramos, sem falar que os 25 % de erros honestos podem ser evitados pela vigilância alheia, do colega. Assim, podemos controlar 50 %.

                            Podemos também colocar-nos de sobreaviso quanto àqueles 50 % restantes inevitáveis, de modo a prover recursos em estoque para corrigir os danos.

                            Assim, com boa vontade, como a que o Demming introduziu no Japão e daí no resto do mundo, o controle da qualidade e da quantidade dos nossos atos pode nos proporcionar um mundo muito melhor, sem qualquer forçamento, sem hipervigilância que levaria ao contrário.

                            Podemos estudar a eficiência, em termos de totalidade e de particularidade? Podemos visualizar, focar a eficiência particular e a Eficiência geral? Podemos realizar estudos comparados nos mundos (são quatro: de primeiro a quarto), nas nações, nos estados, nos municípios/cidades, das empresas, dos grupos, das famílias e dos indivíduos? Claro! Podemos e devemos.

                            Devemos a todas as pessoas e a cada uma.

                            O estudo da eficiência e da Eficiência é fundamental. Consiste em negar sossego a quem quer que seja, pessoa ou ambiente, sob a ótica de que é melhor contestar a tranqüilidade que sofrer os danos do desassossego, da agitação, do alvoroço advindo da acumulação crescente dos erros, como este que vemos na Argentina, resultado de anos de auto-enganos, autocongratulações, autofelicitações, o que o povo brasileiro chama de “dormir no ponto”, quer dizer, perder o bonde das oportunidades por ter cedido excessivamente aos prazeres da vida.

                            Vitória, domingo, 11 de agosto de 2002.

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