Diversidade como
Fonte de Sobrevivência
Aquele mecanismo do
espermatozóide: milhões migram, de modo que em geral só um sobrevive para
deixar descendência. Ou o fato de que existem milhões de espécies na Terra, em
todos os continentes. E é inútil pensar que só exista Vida na Terra. A Vida não
procederia assim, ela cria ou gera em toda parte, uma profusão inesgotável,
como modo geral de proteção. Aliás, Vida = CRIADORA = GERADORA = GERAL, na Rede
Cognata. Ou seja, diversidade para, pela intensa luta pela habilidade, obter
futuro preferencial, quer dizer, embarque no Trem da Aptidão. E não num só,
senão em vários da mesma estação; e não numa estação só, em muitas.
Porque estamos no
interior do Capitalismo, com suas várias ondas, os tempos mais antigos ainda
remanescendo, enquanto sonhamos como a Anarquia, podendo no máximo
manifestar-nos como anarco-comunistas. Precisamos juntar dinheiro para
financiar mansamente o avanço do Capitalismo, depois do Socialismo, a seguir do
Comunismo, até chegarmos finalmente ao que desejamos mesmo. Enquanto isso
teremos que usar esses mecanismos obsoletos do Capitalismo para produzir
mudanças.
Como contaminar a
terceira onda do Capitalismo, de forma a passá-la a quarta, que é a primeira do
Socialismo? O modo certo é multiplicar de tal forma os pontos de contato que
essa transformação se acelere. Mas não de modo forçado, ou o contrário virá.
Daí, mansamente, ir colocando as questões.
Tal diversidade
impõe que abordemos todos os setores econômicos (agropecuária/extrativismo, indústrias,
comércio, serviços, bancos), que distribuamos os investimentos em ações, em
metais preciosos, em reservas bancárias (públicas e privadas) dentro e fora do
país, um pouco em cada um. Enfim, diversidade, variedade, multiplicidade,
heterogeneidade.
Criar escolas,
institutos, universidades para estudar nosso modo diferente de investir. Todo
investimento nisso valerá a pena. Espalhar de tal forma os investimentos que os
próprios gerentes não saibam quantos são e onde estão eles - no sistema de células
isoladas, mesmo que elas compitam entre si. Que sobre-viva o mais apto e tudo
sirva ao projeto.
Nossa intenção
central não pode ser o que nossas mentes imaginem como melhor e sim o que é
melhor mesmo. Não o que pensamos que sobreviverá, porém o que sobreviver de
fato. Preferências e resistências podem ser muito daninhas, muito perigosas.
Não colocar os ovos
todos num cesto = GOSTO só, eis a lição mais preciosa.
Vitória, domingo, 18
de agosto de 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário