quinta-feira, 22 de dezembro de 2016


Congelamento Desenfreado em Europa

 

                            Europa é um satélite de Júpiter, com 2.900 km de diâmetro (a Lua tem 3.480 km de diâmetro e 38,0 milhões de km2 de área superficial, quase 4,5 vezes a do Brasil), portanto superfície de (4πr2) aproximadamente 26,4 milhões de km2, pouco mais de um vigésimo (20 x = 528) da terrestre, de 510,2 milhões de km2. Acontece que Europa, diferentemente da Terra, possui uma capa de gelo de 100 km de profundidade, com talvez outro tanto de água líquida embaixo, enquanto nosso planeta tem oceanos com uma média de apenas três quilômetros de profundidade e recobrindo apenas 2/3 da superfície. Conseqüentemente, se for verdade isso, Europa possui incomparavelmente mais água que nós.

                            Depois de eu ter ouvido falar da Bola de Gelo (veja artigos Congelamento Desenfreado e Bola de Gelo, Livro 5, e O Petróleo e a Bola de Gelo, Livro 6), comecei a pensar em Europa, que pode estar passando por uma fase assim, de congelamento. Como vimos no artigo do Livro 5, o calor é contido internamente, devido à termomecânica planetária, e depois liberado súbita e explosivamente, com conseqüências catastróficas, com explosão de muitos vulcões, remodelação dos continentes, acelerada migração das placas, chuvas torrenciais contínuas, erosão ilimitada, tempestades terríveis, etc., com reconstrução aceleradíssima da vida.

                            SE existe Vida em Europa, nas profundezas congeladas, junto ao centro do planetóide ou satélite, então ela se manifestará explosivamente no descongelamento, oportunamente, se o Sol esquentar ou se Júpiter gerar um surto energético.

                            Isso quer dizer que hidrocarbonetos serão gerados. Talvez tenham sido, não só lá como em outras partes. Isso quer dizer petróleo em quantidades inimagináveis. Melhor, que pode ser gasto sem qualquer precaução ecológica, pois solto do ambiente solar, a partir de uma gravidade consideravelmente mais baixa. Ou cujos resíduos podem ser empacotados e mandados a outros satélites, quer dizer, disparados contra eles.

                            Estará Europa passando por uma Bola de Gelo? Estarão outros satélites? Só a pesquisa poderá responder, nas décadas a seguir.

                            Vitória, sexta-feira, 09 de agosto de 2002.

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