Complexidade do Sistema de Patentes
Norbert
Wiener já havia prevenido, em seu livro de 1954, Inventar (Sobre la
gestación y el cultivo de las ideas), Metatemas 40, Barcelona, Tusquets, 1995,
que o sistema de patentes foi feito para proteger as empresas.
E
dizem que patentear é o melhor modo de ir aos tribunais, para a defesa das
patentes. De fato, soube pelo jornal que Nicolai, o inventor do BINA (sistema
de telefonia que identifica o número que ligou: significa “B Indica
Número de A”), mineiro que mora agora em Brasília,
está desde a invenção em 1977 com ações na Justiça (que tarda MUITO e falha
bastante) para receber os direitos, dos quais até agora não viu um centavo,
todo mundo se esquivando, uns empurrando para outros, as telefônicas careiras
vergonhosamente tentando escamotear.
Por
quê os governempresas não são capazes de passar uma políticadministração de
fácil trânsito para isso? É “incompreensível” para mim. Claro que sei dos
largos interesses em contrário, de manter o Brasil submisso e derrotado, pois em
longo prazo um Brasil altivo significaria as regiões tropicais libertas, uma
civilização mestiça, etc. Então é um jogo subterrâneo em que vale praticamente
tudo.
No
entanto, seria preciso transformar o sistema de patentes em algo fácil, em “feijão
com arroz”, qualquer coisa trivialíssima, como diz o povo, “em caldo de
galinha”, algo facílimo, espalhando milhares de escritórios de patentes,
conforme já sugeri num texto do modelo. E treinando professores, diretores,
alunos, pais e mães, a mídia toda, todos os brasileiros e capixabas.
Tirar
a complexidade do sistema, simplificá-lo a tal ponto que qualquer idiota
pudesse usá-lo. E, em alguma medida, qualquer um é idiota, PORQUE ninguém sabe
tudo, na realidade quase todos sabem quase nada.
E
preciso banalizá-lo, de tal modo que em todas as atividades, em cada canto do
país e do estado, a todo instante, cada um estivesse pensando sempre num novo
modo de fazer, de produzir. Esse seria o maior serviço a prestar à população
brasileira.
Vitória,
quarta-feira, 21 de agosto de 2002.
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