A Teoria do Funil
Tecnocientífico
Imagine um funil com
o lado cônico avançando para o futuro e tornando-se cada vez maior, isto é, com
o diâmetro do círculo de base do cone ampliando sempre, para mostrar as
soluções proporcionadas pelo PODER RESOLUTIVO (ou integrativo) DA TEORIA, PRT
ou PIT.
Ora, esse PIT, que é
bom, logo se torna aquele paradigma de Kahn, quer dizer, a catalisação
coalescente, aderente, aglutinante que impede a divergência ou contestação,
anulando ou prometendo anular a criatividade natural naquele ramo do
conhecimento.
O outro lado do
funil, o cilindro cujo corte reto é consideravelmente menor que a base do cone,
é a resposta, quer dizer, presumimos que é necessário ampliar consideravelmente
a saída ou debate sobre a propriedade. O fechamento corresponderá à
incapacidade de resistência humana. Evidentemente haverá, com o ajuntamento
indutivo anti-popperiano, cada vez mais evidências a favor da teoria, calando
seus opositores, até que alguém de dimensão muito maior vá destruir a base de
sustentação, atacando o problema mesmo de modo inovador, incorporando a teoria
mais velha.
A questão, então, é
a de saber se há gente trabalhando a abertura do cilindro do funil, isto é, a
quantas anda a constetabilidade humana, a qualidade por trás do que é
contestável, a capacidade de identificar ou resistir à pressão do PIT. Enfim, a
resposta à ditadura dogmática, a saída pára-dogmática, para além do dogma.
Por enquanto essa
CLASSE DE RESPOSTAS tem sido de inteira competência dos espíritos inquietos,
que não se dobram ao insidioso chamado vindo da carreira dos lemingues, isto é,
vem dependendo de quem é capaz de contrapor-se à fúria destrutiva e
avacalhadora do conformismo, a sobre-afirmação da conformidade. Obviamente tem
dado certo, pois existe ainda muita gente disposta a arrostar as medonhas
forças castradoras sociais, mas pode chegar o tempo em que isso esteja além das
potências pessoas (individuais, familiares, grupais e empresariais), devendo
ser organizada tal resposta pelos ambientes (municípios/cidades, estados,
nações e mundo), em conjuntos crescentes. Essa é a condição da contínua
prosperidade, porquanto sem tal atendimento de demanda, quer dizer, sem oferta
coletiva de resposta, o ser humano isolado pode sucumbir.
Vitória, sexta-feira,
09 de agosto de 2002.
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