A Decadência dos Grandes
No livro de
Bill Bryson, Em Casa (Uma breve história da vida doméstica), São Paulo, Cia.
Das Letras, 2011 (sobre original de 2010), ele coloca na página 28, rodapé:
“Por esse
cálculo [de Ranald Michie, Universidade de Durham], as quinhentas libras anuais
do sr. Marsham valeriam cerca de 400 mil libras (ou 630 mil dólares) em
dinheiro de hoje [deve ser 2009, um ano antes da publicação]. A renda anual per
capita na Grã-Bretanha em 1851 era de pouco mais de vinte libras”.
É cálculo muito
importante, querendo dizer (400.000/500) que há relação de 800/1 entre o antigo
e o atual e a renda percapita da GB (os grandes bretões do título) seria de (20
vezes 800 =) 16,0 mil libras em 1851 ou (630/400 = 1,575 libra/dólar) 25,2 mil
dólares.
BILL BRYSON (o outro livro dele que li é ótimo)
Americano,
1951.
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Parece
exagerado, mas não é.
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Este,
comecei.
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Há outros,
deveriam traduzir.
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Ele é
competente e dedicado, além de abordar os assuntos de forma inusual e
divertida.
A renda
percapita do Reino Unido (que inclui Irlanda do Norte, não muda muito) foi
estimada em 2013 em US$ 37 mil, o que é 1,47 vezes a de 1851, contando desde 2011
para trás: em 160 anos subiu na média apenas 47 %. É média e como sabemos que o
lado de cima vai sempre muito bem, inclusive é tão agressivo quando os
americanos, é provável que a renda média por cabeça tenha decaído em mais de
cinco gerações de 30 anos.
É possível
com essa relação de 800/1 recalcular todos os países, desde que tenhamos as
rendas de 1851: acho que os pesquisadores (não necessariamente economistas)
iriam constatar que os médios, os pobres e os miseráveis vem dando murro em
ponta de faca, trabalhando duro para entregar o ouro já fundido aos bandidos de
toda parte.
Serra,
terça-feira, 15 de dezembro de 2015.
GAVA.
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